RESENHA | Patrão, Me Vê a Conta
Editora: Boteco Editorial
Páginas: 259
Gênero: Contos / Ficção / Horror / Terror
Ano: 2024
Hey gente, tudo bem?
Se tem uma coisa que o Boteco Editorial sabe entregar, é obras de terror de qualidade. Então vocês imaginam minhas expectativas quando comecei a ler “Patrão, Me Vê a Conta”, né?! Será que elas foram alcançadas?
Uma antologia com 20 contos que me pegou de surpresa. A ideia de usar um bar como pano de fundo para histórias que misturam o bizarro, o sangrento e o insólito já é, por si só, intrigante. Cada conto parece desenhar um ambiente quase familiar — quem nunca sentou à mesa de um boteco, ouvindo relatos de vidas alheias? No entanto, aqui, essas narrativas ultrapassam os limites do comum.
Os autores conseguiram criar cenários onde o que é conhecido — o bar, o boteco de esquina — se transforma em palco para o improvável e o aterrador. Alguns contos se destacam mais que outros, mas vou deixar aqui alguns que me arrepiaram: “No meio do caminho tinha um boteco cor-de-rosa”, “Quem com o diabo se deita, com o diabo amanhece”, “O encourado”, “Inhanguetá”, “Um Homem de Sorte”, “Maldição eterna”, “Exemplos de bondade” e “Sem limites”. Vocês vão encontrar vinganças, pactos, crueldade, sorte, acerto de contas, sobrenatural….
O que me chamou atenção foi a capacidade da antologia de trazer lendas urbanas brasileiras e inseri-las nesse universo de bar. A conexão entre o mundo real e o fantástico acontece de forma fluida, como se aquelas histórias pudessem mesmo ser contadas por alguém sentado ao seu lado, em uma mesa qualquer. Não há exagero nas descrições, mas as entrelinhas carregam um peso sombrio que vai crescendo a cada página.
Apesar de os contos terem diferentes estilos e abordagens, o clima de suspense e horror se mantém constante. Fica aquela sensação de que, a qualquer momento, algo pode dar errado — ou pior, já deu, e a gente nem percebeu. E os finais? Muitos deixam aquela interrogação inquietante, como se o leitor fosse o próximo a entrar na história.
A antologia é um prato cheio (sem trocadilhos) para quem gosta de misturar o cotidiano com o macabro.
É, eu amei, e já quero uma versão 2.0, adorei conhecer novos autores e rever alguns que eu já adoro. Boteco, me vê a conta?
Mais informações no perfil @botecoeditorial
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