ENTREVISTA COM AUTORES #36 | Autor Marcos Martinz
1 - Como você percebeu que queria ser escritor?
Não houve uma percepção, mas creio eu que um chamado. Uma vontade incessante de contar histórias, as quais ultrapassavam os roteiros das peças de teatro que produzo. Me vi escritor quando deixei minha essência sobressair.
2 - Tem algum personagem favorito? Em modo geral ou do seu(s) livros? Se sim, por quê? O que ele significa para você?
Vejo personagens como filhos e é bem dificil escolher um, sempre rola um ciuminho ou outro. Mas, tenho grande carinho pela Dona Morte do meu livro "Até que a Morte nos Ampare"
Dona Morte tem a sua seriedade, mas ainda assim é 'gente como a gente' e não economiza no senso de humor. Acho brilhante como o Ceifador consegue transformar o termo 'morrer' em renascer, certamente, espero que no dia de minha partida, a Morte seja exatamente igual ao do livro.
3 - Como foi para você, entrar no mundo literário e publicar seu primeiro livro?
Foi uma mistura de insegurança com doses de desespero (risos)
Não estava nos meus planos entrar para este mundo tão cedo (ainda mais com 17 aninhos) e ainda com um livro carregado de temas pesados. Mas o universo mostrou-se amigo ao deixar que eu conduzisse minha história de vida, assim sendo, pude ter a confiança de correr atrás e fazer acontecer.
Está sendo mágico e melhor do que sonhava. Meus ídolos leram meu livro e me apoiaram nesta jornada.
É muito bom publicar um livro, mas publicar um livro sonhando com todos ao redor... é melhor ainda.
4 - Você faz muitas pesquisas antes de escrever uma história?
Acho correto sim pesquisar sobre o tema para elaborar uma história antes, mas não me permito imergir neste 'laboratório' (como chamamos no teatro) quando o assunto é escrita.
Diferentemente dos palcos, escrever uma história está muito ligado com a nossa total criatividade e inspiração - coisa que roteiro nenhum vai lhe exigir tão intensamente quanto um livro - Se pesquiso muito, fico preso e enxugo todas minhas ideias.
Prefiro escrever tudo para depois procurar a veracidade dos fatos.
Até que a Morte nos Ampare mesmo não teve pesquisa alguma, mas muitas consultas no interior da imaginação!
5 - Existem muitas cobranças por parte de seus leitores?
Por ser diretor de teatro e estar ligado com essa turma maluca da arte, creio que a cobrança é grande sim. Eles esperam que minha história supere suas expectativas como amantes da arte.
Como o livro vai ter o lançamento recentemente, creio que 'leitores' mais exigentes vão surgir, mas já tenho pessoas acompanhando-me e me sinto super grato por isso.
6 - Fale um pouco sobre sua forma de criação.. Tem alguma mania na hora de escrever?
A história de escrever tomando um cafézinho funcionava pra mim, mas já não mais. Coloco o café, começo a escrever e ele esfria, esquento, começo a imergir na escrita e esqueço do coitado... Logo, ele esfria de novo. Portanto, tirei o café da minha listinha.
Gosto de me isolar e escutar músicas que me guiem até a história. Até que a Morte nos Ampare mesmo foram horas e mais horas escrevendo ao som da Marcha Fúnebre, acredite, enquanto escrevia ela parecia linda de VIVER.
7 - Quais são seus projetos para um futuro próximo?
Meu maior projeto é fazer todos do nosso mundo dos vivos ler a história de Rosinha. Até que a Morte nos Ampare tem uma mensagem muito importante a ser passada e não vou descansar até atingir um grande número de leitores com ele.
Depois disso, posso sim, quem sabe, trazer uma continuação de Dona Morte e suas vivencias no mundo dos mortos.
Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Leitores do Lost Words, vocês são maravilhosos. Fiquei emocionado com os comentários feitos sobre a resenha que a Aline fez pro meu livro aqui no blog.
Atenção futuros leitores, espero que me ajudem a salvar a alma da pobre Rosinha. Tomem cuidado comigo, amo conversar e ficar trocando papo com quem me chama pra falar do livro.
A todos vocês a minha eterna gratidão!
Sobre o Autor:
Adolescente metido a diretor teatral, ator e agora pelo jeito á escritor. Ele é o esquisitão que fala com espíritos e todos acham normal, afinal, gente de teatro é maluca mesmo. Nasceu em Mogi Das Cruzes em 2001 (não que isso seja interessante) e desde então vem descobrindo sua alma artística, faz isso enquanto escreve roteiros, livros e toma três cafés por vez. Sendo baixinho de alma grande,
Marcos notou que era diferente dos outros jovens quando passou a optar por deixar de ir a baladas para escrever, estudar e atuar.
Atualmente mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo, onde trabalha arduamente com sua companhia de teatro Bonecos Teatrais, mas
espero que enquanto você estiver lendo essa biografia, ele esteja se mudando para Paris. Diariamente alimenta seus sonhos com muita pizza e delivery de hambúrguer.
E sim, Marcos é o verdadeiro idoso no corpo de um jovem.
Sobre sua Obra:
Sinopse: “Ei! Por favor, você não tocou neste livro por acaso. Preciso que me ajude. Eu me casei, sim, isso pode parecer normal, mas, eu estou morta, e não apenas isso, estou condenada a reviver o dia fatídico de minha morte todos os dias. Quando eu morri? No dia de meu casamento. Para que eu descanse em paz preciso descobrir meu assassino, isso só será possível se você ler a minha história.” — Rosinha, a noiva. Rosinha morre no dia de seu casamento e está amaldiçoada a reviver essa tragédia por toda a eternidade. Como quebrar esse circulo vicioso de flores, bolinhos, convidados e uma morte horrível? Descobrindo seu assassino.
Gostaram? Me conta aqui nos comentários.
Beijos!
13 comentários
Um autor tão jovem e já alcançando tanto em sua carreira! Isso acaba de certa forma, enchendo a gente, meros leitores, de orgulho!
ResponderExcluirAinda não tive o prazer de conhecer as letras do moço, mas claro que venho acompanhando seu trabalho que não nasceu do nada, veio de vida e isso é maravilhoso!
Beijo
17 anos e já é diretor de teatro e escritor, uau, fico bem feliz por ele e tenho certeza que ele vai longe. A capa de seu livro está linda e espero que o chamado da escrita lhe permita ter muitos sucessos em sua carreira ;)
ResponderExcluirNossa Marcos, lendo sua entrevista me senti tão íntima de você. Já sou sua fã hahaha (Acabei de ler a resenha do livro e já me simpatizei com Dona Morte!!)
ResponderExcluirUma pessoa com esse carisma, com essa forma de colocar em prática seus sonhos e toda essa conquista me deu a sensação de que não podemos desistir do que almejamos. Espero muito poder ler o livro e conhecer essa história incrível!
Conheço o Marcos Martinz por algumas fotos que vi do livro dele pelo instagram. Adorei a história e fui pesquisar mais, não achei muita coisa na época, logo fico feliz por ver essa entrevista maravilhosa conhecendo mais o autor. Adorei!
ResponderExcluirTão jovem e com tanto talento. Espero que alcance ainda mais o público, ao que vejo, suas obras merecem. São tão bem construídas. E espero ver mais delas!
ResponderExcluirOlá Aline! Super simpatizei com o autor, adoro pessoas bem humoradas e viciadas em café como eu. Achei a sinopse do livro muito boa e fique curiosa acerca das mensagens que o autor diz serem abordadas na história. Morri com essa capa, é linda demais! Desejo ao Marcos muito sucesso na sua promissora carreira de escritor. Espero que quando ele ler esse comentário eu também esteja em Paris hahaha. Beijos
ResponderExcluirOlá, se o livro de estreia do autor possui uma história tão bem construída, já vou manter as expectativas altas para os próximos lançamentos, que vindos de uma pessoa tão íntima do teatro só podem ser algo criativo. Beijos.
ResponderExcluirOlá Aline,
ResponderExcluirAchei interessante como o autor colocou a pesquisa, sempre achei legal que as histórias trouxessem algo verdadeiro, mas também gostei da forma que ele disse, com base na imaginação!
Acho tão diferente escrever um livro, de uma peça, parabéns para o autor!!
Fiquei encantada com essa capa de "Até que a morte nos ampare".
Beijos
Mal posso esperar para ter esse livro maravilhoso em mãos, conheço o Marcos a muito tempo, sei que suas histórias são maravilhosas e posso garantir que mesmo sem ainda ter lido "Até que a morte nos ampare" esse livro é incrível.
ResponderExcluirSe você ainda tem alguma dúvida sobre comprar ou não o livro, sugiro que compre pois não irá se arrepender e estará contribuindo com um sonho.
Adorei a entrevista do autor, ele juntou a paixão pela arte e a pela escrita, fiquei muito curiosa para conhecer sua obra, pelo que ele menciona, o livro aborda um tema delicado, a morte sempre nos ronda,mas o espírito para ter paz, só resolvendo os assuntos inacabados na Terra mesmo, espero que Rosinha consiga seguir sua jornada!!
ResponderExcluirUau. 17 anos e já com esse tanto de talentos. Não é para qualquer um o dom da escrita mesmo. E adorei a capa do livro já quero ter para ler.
ResponderExcluirSó de ler essa entrevista, nota-se que o autor é jovem e carismático, me fez rir da resposta da forma de criação. Sobre a obra, me interessei muito desde que li a resenha aqui no blog, a capa é incrível.
ResponderExcluirAline!
ResponderExcluirGostei sim, sempre gosto de conhecer um pouco mais sobre os escritores e suas obras e ver um tão jovem e já cheio de experiência com um livro belo e instigante, não tem como não gostar.
Sucesso para ele.
Bom final de semana!
“O prazer dos grandes homens consiste em poder tornar os outros felizes..” (Blaise Pascal)
cheirinhos
Rudy
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