ENTREVISTA COM AUTORES #193 | Autora Joice Cristina Carollo

by - sexta-feira, maio 31, 2024


1 - Qual foi sua inspiração para começar a escrever?
Quando conheci Edgar Allan Poe e descobri que ele viveu 200 anos antes de mim, escrever tornou-se meu projeto de imortalidade. Me apaixonei pela possibilidade de encontrar alguém que se identifique comigo através das minhas obras daqui a 200 anos de distância. Então acho que o que me inspirou, e ainda me inspira a escrever é a esperança de existir além da minha vida.

2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Edgar Allan Poe, e nem sou eu que digo isso. São meus leitores. Até então, eu acreditava que era Dan Brown. Há pouco tempo conheci as obras “A Humana que Se tornou um Chacal” e “Histeria entre Hienas” da Bárbara Amádio, e “A Irmandade dos Sem Futuro”, da Nia França. E desde então, elas são minha maior referência de histórias bem contadas.

3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
Eu escrevo sobre o bloqueio criativo. Eu me pergunto: o que tá me bloqueando? Sempre tem alguma coisa. Ou, acolho esse bloqueio, e dou uma pausa. O tédio é o maior agente da criatividade. Às vezes tudo o que a gente precisa é descansar e parar de se cobrar tanto.

4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
Ser lida. Depois que as pessoas conhecem meu trabalho, acredito que elas gostem. Mas sinto certa resistência por parte das pessoas sobre ler autores nacionais, ainda mais se for contemporâneo. E acho que ser mulher também interfere. É fácil citar vários autores nacionais contemporâneos que são muito conhecidos e compartilhados em 2024; quantos deles são mulheres?

5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Todas as experiências que tenho com meus leitores são significativas. Mas com certeza a minha experiência preferida está sendo ouvir as diferentes interpretações que meus leitores tem do meu conto “Claustrofobia” da antologia “Sob o Mesmo Céu”. Quando as pessoas começaram a me reconhecer na rua como Escritora Ociosa também foi incrível. Não faz muito tempo que conquistei meus primeiros leitores fiéis, que tem todas as minhas obras; nos acompanhamos mutuamente e eu amo esse contato!

6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Não sigo uma rotina, não. Mas sempre que tenho uma ideia, ou inspiração, eu escrevo. Não importa onde eu esteja, ou o que esteja fazendo. Geralmente isso acontece de madrugada. Sobre meus contos e livros, há uma sequência de eventos que sempre sigo para que a história fique dinâmica e coerente. Mas tomo cuidado para que isso não se torne uma limitação.

7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
No geral, meu objetivo é promover reflexão. Quero que as pessoas leiam algo que escrevi e larguem o livro ou o celular, simplesmente porque precisam pensar um pouco sobre aquilo. 

8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
No momento, estou trabalhando num conto novo que vai para uma antologia da Cyberus que ajudei a organizar. No futuro, quero promover uma antologia com vários autores que gosto e conheço. Também gostaria muito de tentar escrever uma ficção científica com toques de horror psicológico, pique Black Mirror. Comecei a escrever, mas tô indo com calma porque é um gênero diferente do que escrevo.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Apenas que deem uma chance para os meus livros e adotem um animal em situação de vulnerabilidade. Quem me seguir através dessa matéria, me manda uma mensagem avisando que veio pela Aline que sigo de volta. 

Sobre sua(s) obra(s):


Sinopse: A atitude individual e inocente da Humana de comprar um livro na internet muda o rumo da humanidade inteira, e agora Cantarzo, Eleonor e Monroe precisam correr contra o tempo para salvar a raça humana da extinção.
Afinal, sem humanos no mundo, quem irá comprar sachê para eles? - Compre aqui: e-book ou físico!


Sinopse: Como seria se os seus medos irracionais representassem perigo real? Qual seria o impacto deles sobre as pessoas que convivem
com você?
Trindade aborda essa realidade em 3 contos, e os desfechos vão te fazer querer dormir com a
luz acesa! - Compre aqui: e-book ou físico!


Sinopse: Do abismo mais profundo nascem as mais belas palavras.
E assim como o cadáver aduba a terra para que a vida se alimente, as Palavras Mortas que Quase me Mataram alimentam a alma do mundo.
O ciclo da vida depende intrinsecamente da morte.
Esse livro é feito de sentimentos que nasceram, se transformaram, e morreram para alimentar a melhor versão de quem o escreveu. - Compre aqui!


Sinopse: Ao adquirir esta obra, você ajudou vários animais que estão sob cuidado da ONG de proteção animal Brechó Cão.
Todo o lucro deste livro será revertido para a causa anima.
Antes de ler, visite a página BrechóCão Marau Facebook, e conheça o trabalho delas.
Considere a possibilidade de adotar um peludo. Eles só querem um pouco de amor, e um lugar onde se sintam seguros. - Compre aqui!

Sobre o(a) autor(a):


Sou autora do livro de contos de horror psicológico Trindade, do livro de fantasia A Batalha do Apocalipse, do livro de textos poéticos Palavras Mortas que Quase me Mataram, organizei a antologia pela causa animal Sob o Mesmo Céu e participei como autora do conto Claustrofobia, auxiliei na organização da antologia Artefatos Amaldiçoados da Cyberus onde também participei como autora do conto Sorte e faço parte do grupo Escritura Criativa da minha cidade.

Sempre escrevi, mas minha jornada na literatura em grande escala começou no Facebook, em 2016, quando comecei a publicar o que eu escrevia na rede social, e passei a alcançar mais pessoas. Em 2019 criei a página Escritora Ociosa, e nessa mesma época publiquei uma coletânea de poesias e frases chamada Insight. Participei do projeto literário Releiturape com a minha poesia Não há Vagas para os Sonhadores, da coletânea.

2021 foi um ano bastante movimentado na minha carreira. Nesse ano escrevi o roteiro para curta-metragem de horror psicológico chamado Convivência, e outro sobre feminicídio chamado Flores. Esse último foi exibido no espaço cultural Meu Chão de Dendê, e concorre nas rodas de festival sob direção de SC filmes. Também nesse mesmo ano participei da Antologia Aquilo que se esconde nas sombras, com meu conto Cemitério de Borboletas, disponível atualmente em Trindade.

Em 2022 e 2023 participei consecutivamente do Evento Cultura 24 Horas, que ocorre anualmente na minha cidade. 

Também em 2023 fui convidada a participar de uma live da Biblioteca Pública Municipal Francisco Jatir Pastre, no dia 31 de outubro, em comemoração ao dia saci. Participei lendo o conto O Menino da Mata, que escrevi especialmente para esse evento.

Amo gatos, livros e café.

Beijos!

Você também pode gostar desses posts:

0 comentários