Lost Words

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Título:
Nós Já Moramos Aqui 
Autor(a): Marcus Kliewer 
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Ano: 2025
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“Nós Já Moramos Aqui” é aquele tipo de thriller que te coloca dentro da cabeça da protagonista e te obriga a duvidar de absolutamente tudo, inclusive de você mesma. A história acompanha Charlie e Eve, um casal que trabalha reformando casas para revenda. Quando elas compram uma propriedade antiga no interior do Oregon, a ideia era só mais um projeto de reforma, até que uma família desconhecida bate à porta pedindo para revisitar a casa onde, segundo eles, Thomas, o patriarca, vivera décadas atrás.

Eve, sozinha no imóvel, deixa que eles entrem. A partir daí, a sensação de normalidade desaba. A visita que deveria ter durado poucos minutos começa a se prolongar de forma desconfortável, eventos estranhos surgem pelos cantos da casa, e a própria arquitetura parece conspirar contra Eve. Para piorar, pessoas começam a desaparecer e a linha que separa realidade, paranoia e algo sobrenatural fica cada vez mais borrada.

O grande mérito do livro é como ele me prendeu dentro da mente de Eve. Conforme a personagem perde o controle, eu fui perdendo junto com ela. Eu realmente me senti vivendo tudo aquilo: o medo crescente, a confusão, o pavor silencioso e a dúvida constante sobre o que era real e o que era delírio. É um thriller psicológico puro, desses que mexem com a nossa cabeça em vez de apostar só em sustos.

Sobre o final… ele divide opiniões. É aberto, deixa espaço para teorias e questionamentos, e eu, particularmente, adoro quando um livro me faz pensar “até que ponto TUDO aquilo realmente aconteceu?”. Não é um final mastigado, e justamente por isso fiquei dias criando hipóteses diferentes.

Uma história perturbadora, envolvente e cheia de camadas. Se você gosta de thrillers que brincam com a percepção da realidade e deixam aquela sensação inquieta depois da leitura, vale MUITO a pena. Eu devorei.

Já conhecia? Me conta.
Beijos!
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Título: No Meio da Noite
Autor(a): Riley Sager 
Editora: Intrínseca
Páginas: 422
Ano: 2025
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Sinopse: Neste thriller intrigante, Ethan Marsh está determinado a solucionar o caso do misterioso desaparecimento do melhor amigo, que sumiu há trinta anos

A pior coisa que a vizinhança de Hemlock Circle já presenciou aconteceu no quintal da família Marsh. Em uma noite quente de julho de 1994, Ethan Marsh, com dez anos na época, e seu melhor amigo, Billy Barringer, acampavam no gramado de sua casa, na sossegada rua sem saída de Nova Jersey. Na manhã seguinte, Ethan acordou com a luz do sol no rosto e percebeu que estava sozinho. Durante a noite, alguém cortou a lateral da barraca com uma faca e levou Billy. O menino nunca mais foi visto.

Trinta anos se passam, e, com a mudança repentina dos pais, Ethan volta a morar na casa onde cresceu. Atormentado pela insônia e sempre pelo mesmo pesadelo que passou a ter depois do desaparecimento do amigo, ele começa a notar que coisas estranhas vêm acontecendo no meio da noite. Luzes com sensor de movimento na garagem dos vizinhos se acendendo e se apagando, bolas de beisebol surgindo no quintal, objetos em lugares que ele não se lembra de ter colocado... Estaria alguém lhe pregando uma peça de mau gosto?
Ou será que Billy, dado como morto por muitos, teria retornado a Hemlock Circle?

Incapaz de ignorar esses eventos misteriosos e o fato de vir sentindo a presença de Billy durante a madrugada, Ethan dá início a uma investigação própria para tentar se lembrar dos mínimos detalhes daquela fatídica noite. No entanto, quanto mais se aproxima da verdade, mais ele se dá conta de que nenhum lugar — seja uma floresta tranquila ou uma rua pacata — é totalmente seguro. E que o passado sempre encontra um jeito de assombrar o presente.


Se você é fã de Stranger Things e adora aquele clima de mistério suburbano que parece tranquilo demais para ser verdade, No Meio da Noite é exatamente o tipo de leitura que vai te pegar. Riley Sager recria essa sensação de que algo está à espreita entre ruas silenciosas e quintais aparentemente comuns, e faz isso com uma escrita capaz de deixar qualquer um acordado de madrugada junto com o protagonista.

Aqui acompanhamos Ethan, que retorna para a casa onde cresceu trinta anos após a noite que mudou sua vida: o desaparecimento de seu melhor amigo. Estar de volta ali reacende memórias que ele tentou enterrar e, pior, faz com que eventos estranhos comecem a acontecer… luzes acendendo e se apagando, bolas de beisebal e objetos surgindo do nada. O autor cria uma atmosfera sufocante e cheia de detalhes que vão se conectando aos poucos, o que me deixou perdida e intrigada tanto quanto o próprio Ethan.

Apesar de algumas partes um pouco mais lentas, nada disso pesa na experiência. O clima de suspense constante, a sensação de déjà vu e a investigação emocional do Ethan constroem uma leitura que me puxou de volta sempre que eu tentava parar. E se você curte histórias com aquela vibe anos 90 e uma pitada de sobrenatural que te deixa na dúvida até o fim… vale cada página.

Uma leitura envolvente, misteriosa e perfeita para quem gosta de noites inquietas e de livros que assombram a mente mesmo depois de fechados.

"O M4ssacre da Família Hope" segue sendo meu favorito do autor, mas esse também vale a leitura. Louca para me aventurar em suas próximas histórias <3

Já leram algo do autor? Me conta.
Beijos!
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Daror & Miriennë foi uma das minhas melhores leiuras de 2025, então hoje trouxe alguns quotes para vocês conhecerem um pouquinho da escrita da autora.

Lembrando que não é necessário ter lido o livro 1 para ler esse, então aproveitem <3

"Muito gentil a preocupação do Grande Daror, pensava Miriennë com ironia. Como ela, da autêntica linhagem do Rei dos Homens, fora parar nas mãos daquele ogro? Como?"

"Será que não lhe tinha nenhum carinho, nenhum apego, aquela mulher a quem ele se apegara tanto?"

"Niguém, nunca, havia atribuido coragem a Miriennë.
Nem ela mesma."

"– Daror, o que vão pensar... o que vão dizer de você me carregar para a tenda assim?
– Que eu sou o teu homem e tu és a minha mulher, oras."

"A trégua da presença dos homens serviria ao menos para que o preparativo dos víveres para a viagem fosse adiantado. Seria uma jornada longa, e não de todo prazerosa para uma Miriennë que não tinha qualuqe nostalgia de seu passado, e no que pudesse preferiria manter distância do que estivesse ligado a ele."

Gostaram? Qual seu quote favorito?
Beijos!
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Título: A Assombração do Palacete Aragão
Autor(a): Ellen Reys
Editora: Boteco Editorial
Páginas: 145
Ano: 2025
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Ellen Reys entrega uma história envolvente, atmosférica e perfeita para quem quer se aventurar no terror nacional sem mergulhar de cabeça no gore ou no horror mais pesado. Aqui, o medo é mais psicológico, mais silencioso e, justamente por isso, mais inquietante.

O Palacete Aragão, quase um personagem por si só, é um casarão que Belém preferiu esquecer, até que um grupo de jovens curiosos decide explorar as visagens que o cercam. Eloyse, Endryo, Duda, Felipinho e Vivi formam um quinteto que me conquistou pela amizade sincera: apoio, medo compartilhado, afeto e aquele humor necessário nas horas mais tensas. É impossível não se envolver com a dinâmica deles. E, claro… Curuca, o melhor gato literário de todos os tempos, rouba a cena.


O que mais me encantou é como a autora trabalha o terror: o verdadeiro mal não é sobrenatural, e sim humano. Ganância, poder e silêncio são forças tão assombrosas quanto qualquer fantasma. E Ellen costura isso de um jeito sensível e inquietante. Maria Laura, a presença que nunca deixou o palacete, é o elo entre passado e presente, lembrando que algumas verdades simplesmente não podem ser enterradas.

A narrativa é ágil, a tensão é bem dosada e o desenrolar do mistério prende do início ao fim. Quando a própria casa parece querer falar, você já está completamente entregue à história.

Uma leitura juvenil envolvente, acessível para iniciantes no gênero e irresistível para quem ama um bom suspense nacional com camadas sociais e um toque sobrenatural.

Disponível na Amazon e Kindle Unlimited.

Gostam de histórias assim? Me conta.
Beijos!
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Título: O Aceite de Gweniver (Não Confie nos Olhos)
Autor(a): Paloma Sama
Editora: Independente
Páginas: 513
Ano: 2023
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Sinopse: O único objetivo de Gweniver é ser reconhecida. Ir às telas, ser famosa, é tudo o que ela mais quer.
Após tentar, novamente, conseguir um papel para dar vida à mais uma personagem sem graça, dessa vez em uma das maiores empresas de produção do país, ela é recusada. Frustrada, porém orgulhosa de suas capacidades, não parará até conseguir. Ela sabe que vai conseguir.
A oportunidade surge quase que instantaneamente ao descobrir que um dos donos da produtora costuma pagar mulheres para serem suas namoradas por um tempo determinado. Sem muito esforço, ela consegue chamar sua atenção e o homem lhe faz a proposta.
Mas o que era para ser um sonho realizado, torna-se um mártir quando Gweniver percebe onde se meteu. Achou que seria o céu, mas na verdade, adentrara no inferno.


“O Aceite de Gweniver” é aquele tipo de leitura que te fisga desde o primeiro capítulo e não te solta até o final, um final, inclusive, que eu ainda não superei. Paloma entrega uma história intensa, sombria e extremamente humana, daquelas que deixam o coração na garganta.

Gweniver é uma protagonista que não se contenta com pouco: determinada, ambiciosa e quase teimosa demais, o único objetivo dela é ser reconhecida. E é aí que mora a magia deste livro. Ela não é aquela personagem “boazinha” e facilmente amável. Na verdade, demorei bastante para simpatizar com ela, e isso é maravilhoso. Paloma cria uma mulher real, cheia de falhas, contradições e desejos nem sempre nobres. Em vários momentos, minha vontade era segurar Gweniver pelos ombros e gritar: “Garota, acorda! Você ama esse homem!”

Henrique, por sua vez, conquistou meu coração rapidinho. E ele não é o único: todos os personagens aqui têm sua própria importância e carregam suas próprias doses de ambição. Tomaz, então… impossível não se apegar. Já Vicente, prefiro não dizer nada e deixar vocês conhecerem pela leitura.

A escrita da autora é viciante. Fluida, direta e emocional na medida certa, ela te puxa para dentro da trama sem pedir licença. E quando você percebe… já era. Está emocionalmente comprometida e caminhando rumo a um final que vem como um soco. Além disso, ela vai colocando de forma sutil sinais de abwso, que para a protagonista pode passar batido, mas para quem está lendo não.

E sobre esse final? Eu estou em choque até agora. Foram necessárias algumas respiradas, muita digitação frenética, e sim, surto no direct da autora, porque eu simplesmente não esperava. Mas ela fechou com chave de ouro.

Se você gosta de histórias intensas, personagens imperfeitos e um plot que te faz repensar tudo, esse livro precisa entrar na sua lista.

Dsiponível na Amazon e Kindle Unlimited.

Já leram algo da autora?
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Título: Literatura, Pão e Poesia
Autor(a): Sérgio Vaz 
Editora: Global Editora
Páginas: 208
Ano: 2020
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Sérgio Vaz é o tipo de autor que a gente lê com a alma desarmada, pronta para sentir, e ainda assim sai da leitura querendo mais. Nesse livro, ele faz o que sabe como ninguém: transformar a realidade crua em versos que aquecem, inquietam e lembram que a poesia nasce justamente das fissuras do mundo.

Em Literatura, Pão e Poesia, o autor passeia entre crônicas e reflexões que carregam o cheiro da rua, das pessoas que raramente ganham voz, dos cenários que costumamos atravessar correndo, sem olhar. Ele escreve como quem observa o cotidiano com respeito e coragem, oferecendo um espaço de escuta para aqueles que vivem à margem e, muitas vezes, são tratados como se fossem invisíveis.


O mais bonito é como ele equilibra dureza e delicadeza. Mesmo quando fala de injustiça, de falta, de cansaço, existe sempre uma fagulha de humanidade brilhando no meio do texto. A leitura deixa a sensação de que a poesia pode ser um gesto de resistência e também de afeto. Vaz lembra que, para além das dores, ainda existe sonho, ainda existe luta, e ainda existe gente.

É um livro para quem gosta de literatura que abraça a realidade sem tentar suavizá-la, mas que, ao mesmo tempo, insiste em procurar beleza onde quase ninguém enxerga. Sérgio Vaz é um presente, e mais uma vez entrega uma obra que toca, provoca e permanece.

Qual seu livro favorito do autor?
Beijos!
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1 - Qual foi sua inspiração para começar a escrever?
Minha inspiração nasceu do que parece simples: o dia a dia. As conversas no ônibus, os silêncios da casa, os olhares que encontro pelos caminhos, os lugares que visito e as pessoas que amo (ou apenas observo de longe). É dessas pequenas vivências que surgem os grandes dilemas humanos que me movem a escrever: o luto, o sentimento de não pertencer, o medo e a beleza das escolhas que fazemos.

A escrita, para mim, é uma forma de cura e reflexão. Quando visto tudo isso com o manto da fantasia, fica mais fácil olhar de frente para dores profundas, sem perder a esperança. Não escrevo apenas para entreter, escrevo para tocar o leitor em algum ponto sensível da alma, para que, ao fechar o livro, ele se sinta um pouco diferente de quando o abriu: mais acolhido, mais consciente de si, talvez um pouco mais inteiro.

2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Costumo dizer que minha primeira grande influência foi a minha própria casa. Minha mãe é professora e, desde cedo, vivi cercada por livros. As estantes eram quase criaturas vivas, cheias de vozes me chamando. Cresci como uma leitora voraz, não sei ficar sem ler. Sidney Sheldon me ensinou a amar tramas cheias de reviravoltas; George R. R. Martin, a não ter medo da complexidade e da dor; Stephenie Meyer, a força de um romance que também fala de pertencimento. Cada um, à sua maneira, ajudou a moldar a autora que me tornei.

Mas o grande divisor de águas foi Julia Quinn. Com sua narrativa fluida, intensa e, ao mesmo tempo, leve, ela me mostrou que até os acontecimentos mais corriqueiros do cotidiano podem se transformar em tramas avassaladoras, cheias de emoção e encantamento. Mais tarde, já na vida adulta, mergulhei na literatura nacional e descobri um tesouro inesgotável: Raphael Montes, Paula Pimenta, Carla Madeira, entre tantos outros, ampliaram meu olhar, enquanto o legado de nomes como Machado de Assis, Clarice Lispector e Ariano Suassuna sempre me lembra de onde viemos e da força da nossa literatura.

Por tudo isso, sempre deixo um convite: leiam autores nacionais. Há muitos mundos, vozes e histórias poderosas nascendo aqui, na nossa própria terra.

3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
O bloqueio criativo é, para mim, um lembrete de que a arte também respira. Sou muito disciplinada e gosto de cumprir as metas que estabeleço,  inclusive na escrita, mas aprendi que criatividade não se força. Quando o bloqueio chega, é hora de soltar a caneta (sim, eu ainda escrevo à mão antes de passar para o computador) e olhar para o mundo fora das páginas.

Leio, brinco com meus filhos, abraço meu marido, deixo a vida me inspirar de novo. Às vezes, o que a mente precisa não é de mais esforço, e sim de silêncio, de pausa, de presença. É nesse intervalo entre uma respiração e outra que as ideias voltam — mais vivas, mais sinceras e, quase sempre, mais fortes do que antes.

4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
A jornada na escrita não é um mar de rosas mas, ainda assim, é o caminho mais incrível que eu poderia escolher. Um dos meus maiores desafios é conciliar o tempo: trabalho o dia inteiro e ainda sou mãe de três filhos, dois deles autistas. Entre terapias, rotina da casa, demandas do dia a dia e o cansaço, encontrar espaço para sentar, respirar e escrever exige disciplina, renúncia e, muitas vezes, escrever nas brechas: de madrugada, no intervalo, quando todos já dormiram.

E quando o manuscrito finalmente fica pronto, vem a próxima fase do desafio: encontrar espaço no mercado editorial, divulgar o livro e ser vista em meio a tantas obras incríveis que já existem por aí. Ninguém disse que seria fácil, não é mesmo? Então escolhi abraçar o processo: busco aprender sempre, me reinventar, entender o mercado, testar novas formas de alcançar leitores e fazer o melhor que posso com os recursos que tenho agora. Porque, no fim, cada passo — por menor que pareça — me aproxima dos leitores que estão esperando exatamente a história que eu tenho para contar.

5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Para mim, o melhor da escrita é justamente o encontro com o leitor. É ouvir como a história o envolveu, o fez refletir, o que ele amou, o que o irritou, o que o fez rir ou chorar. Esse diálogo depois do livro pronto é mágico, é quando percebo que aquilo que nasceu no silêncio do meu caderno encontrou abrigo no coração de alguém.

Uma das experiências mais marcantes que vivi foi com o meu livro “João e o Pé de Sonho”. Uma mãe me contou que o leu para o filho de seis anos e, à medida que a história avançava, ele foi ficando muito emocionado. Em certo momento, virou para ela e disse que o João era igual a ele, que enxergava o mundo como ele. O livro fala sobre o autismo, e saber que uma criança se reconheceu ali, se sentiu vista e compreendida, me emocionou profundamente. Momentos como esse me lembram por que escrevo: para que, em alguma página, alguém finalmente se sinta menos sozinho.

6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Meu processo de escrita é, literalmente, um exercício de caos e paixão. Não existe um “momento ideal”, escrevo quando dá, onde dá. Às vezes é de madrugada, quando todos já dormiram; outras vezes, no horário de almoço ou enquanto espero meu filho entre uma terapia e outra. Cada minuto é uma chance de colocar no papel um pedaço do que vive dentro de mim.

Costumo começar definindo o tema central da história. Pesquiso muito: mitos, lendas, símbolos, tudo o que possa expandir meu olhar sobre aquele universo. Depois traço um esboço com o início, meio e fim que imagino… mas, quando começo a escrever, deixo a imaginação tomar as rédeas. Gosto de sentir a trama junto com os personagens: rio, choro, me revolto e me apaixono com eles. É uma experiência quase fora do tempo, como se eu deixasse o mundo real por instantes e viajasse para dentro da história. Quando volto, trago comigo um pedacinho desse outro universo e é isso que faz tudo valer a pena.

7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Espero que, ao lerem minhas histórias, os leitores encontrem nelas um espelho — ainda que mágico — da própria jornada. Que se reconheçam nos personagens, nas dores e nas escolhas que eles enfrentam, e que, de alguma forma, cada página desperte uma reflexão sobre a própria vida. Quero que, ao fecharem o livro, sintam-se um pouco menos sozinhos neste mundo repleto de pressões, dúvidas e contradições.

Acredito que todos somos feitos de luz e sombra, e é justamente o que fazemos com elas que nos define — não os dons, nem os poderes, mas as escolhas. Se minhas histórias puderem lembrar alguém de que sempre é possível recomeçar, recalcular a rota e transformar o próprio destino, então já terei cumprido o meu propósito. Porque, no fim, a magia mais poderosa é a de continuar acreditando em si mesmo.

8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Escrever, escrever e — claro — continuar escrevendo! 
Em janeiro, lanço Entre Feitiços e Vampiros pela editora Flyve, uma romantasia intensa e envolvente que marca uma nova fase da minha trajetória. A história traz a colisão de dois mundos e um amor proibido entre uma feiticeira e um vampiro — luz e sombra, magia e instinto, dever e desejo.

Além desse lançamento, pretendo continuar expandindo meus universos literários, explorando novas histórias e personagens que provoquem reflexão, emoção e encantamento. Quero seguir tocando corações, mostrando que a fantasia pode ser uma ponte poderosa entre o imaginário e o que temos de mais humano. Afinal, enquanto houver histórias para contar, haverá esperança.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Se eu pudesse deixar um recado, seria este: nunca deixem de ler.
Os livros são portais, cada página é uma porta que se abre para novos mundos, novas formas de sentir, de pensar, de existir. A leitura nos amplia, nos cura e, acima de tudo, nos conecta.

E, quando abrirem um livro nacional, façam isso com o coração aberto. Há autores incríveis neste país, cheios de histórias pulsando nas veias, transformando a realidade com palavras que nascem daqui, do nosso chão. Dêem uma chance à literatura brasileira: ela é viva, diversa, emocionante e fala diretamente com a nossa alma.

Aos leitores do Lost Words e aos que ainda vão me conhecer, deixo um convite: permita-se ser tocado pelas histórias. Talvez uma delas mude o seu olhar sobre o mundo… ou sobre si mesmo. Porque ler é, no fundo, o maior feitiço que existe, aquele que desperta a magia que já vive dentro de nós.

Sobre sua(s) obra(s):

Sinopse Entre Feitiços e Vampiros - Ainda não tem capa:
Ela nasceu da luz.
Ele carrega as sombras no sangue.

Mas o destino os uniu e não aceita arrependimentos.

Maya sempre foi ensinada a temer a escuridão.
Mas quando uma fenda entre os mundos ameaça destruir Eltherys, ela é forçada a unir forças com Oliver, um vampiro de olhos lilás e passado amaldiçoado.

Ele deveria ser seu inimigo.
Mas é nele onde ela encontra respostas.
E um amor proibido que pode salvar – ou condenar – tudo o que jurou proteger.

Em meio a feitiços antigos, segredos enterrados e batalhas sangrentas, Maya precisará decidir se abraça o poder que corre em suas veias… ou se renuncia à única chance de impedir o fim.


Sinopse: Melody sempre se sentiu diferente das outras garotas da sua idade. Com todos os dilemas de uma adolescente, ela não se encaixava nos grupos da escola. 
A solidão era parte do seu cotidiano. 
Era como se ninguém enxergasse o mundo da mesma maneira que ela. O único local em que se sentia segura e feliz era diante do mar. 
Quantas vidas o oceano abriga? 
Quantas espécies ainda não foram descobertas? 
Quantos mistérios se escondem em suas profundezas? 
Essas perguntas reverberavam em sua mente, como um lembrete de um mistério que parecia ecoar para ser revelado. 
Mas, ao descobrir sua origem e o motivo de o mar ser tão significativo, Melody precisará lidar com as consequências. 
Será que ela saberá lidar com essa descoberta? - Compre aqui!


Sinopse: Ao receber o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista do meu filho, percebi que conhecia muito pouco sobre o assunto. O diagnóstico assusta, paralisa, desnorteia… A busca por conhecimento foi essencial para auxiliar minha família nessa jornada. Infelizmente, muitas pessoas ainda não têm informações corretas sobre esse transtorno. ‘João e o Pé de Sonho’ explica de forma lúdica algumas características do autismo e nos mostra que com informação, respeito e tolerância podemos superar todas as dificuldades. Embarque nessa aventura e venha conhecer o mundo através dos olhos de João. Um menino alegre e sorridente que não se sente diferente de ninguém. Afinal, todos nós, neurotípico ou neuroatípico, somos únicos e especiais! - Compre aqui!


Sinopse: Sob a sombra da guerra, ergue-se algo maior que ruínas. Quando o rugido das armas silencia, ela permanece: invisível, implacável. O peso dos silêncios, os olhares que temem o passado, as ausências que jamais se preenchem. Cada sobrevivente carrega cicatrizes que não se veem, destinos rasgados, memórias que latejam como feridas abertas. Não há heróis — há quem continue, passo após passo, entre as cinzas.

Neste cenário de devastação, duas almas desafiam o impossível: proteger uma intensa história de amor. Entre a vontade de esquecer e a necessidade de lembrar, eles descobrem que só encarando a dor é possível impedir que a história se repita. Até onde o amor pode ir para reescrever um destino? E o que sacrificamos para que a esperança não morra? - Compre aqui!


Sinopse: Contos Embaralhados trabalha os gêneros textuais de uma forma bem divertida. Aqui, os contos clássicos tornam-se atuais e os personagens que habitam o imaginário infantil reforçam a importância da leitura! - Compre aqui!

Sobre o(a) autor(a):


Juliene Mattos é natural de Belo Horizonte/MG. Jornalista, casada e mãe de três filhos é apaixonada por fantasia, filmes e séries. Cresceu rodeada por livros e se tornou uma leitora voraz. Sua vasta experiência no universo do teatro e da dança contribuiu ainda mais por sua paixão pelas diversas manifestações artísticas. Com o passar dos anos, seu interesse pela literatura aumentou, e agora pretende conquistar os leitores com histórias que toquem o coração e, ao mesmo tempo, provoquem reflexões. É também autora dos livros Contos Embaralhados (2020), João e o Pé de Sonho (2024), A Herdeira do Mar e o Reino Submerso (2025) e Entre Feitiços e Vampiros (2026).

Instagram do Autor(a) | Compre seu(s) livro(s) AQUI!
Beijos!
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A Blogueira:


About Amalie

Sou a Aline Goettems Picoli, mas pode me chamar de Line. Gaúcha, leitora compulsiva e viciada em séries, filmes e jogos (sim, Far Cry 4 ainda é um xodó). Autora de contos de terror e suspense e organizadora da antologia O Lado Sombrio do Folclore. O Lost Words é meu refúgio, um lugar onde divido minhas histórias, paixões e um pedacinho de mim com o mundo. Seja bem-vindo(a)!


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