RESENHA | O Labirinto do Fauno - Cornelia Funke e Guillermo del Toro

by - domingo, agosto 25, 2019


Título: O Labirinto do Fauno
Autor(a): Cornelia Funke e Guillermo del Toro
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Gênero: Fantasia / Ficção / Literatura Estrangeira
Ano: 2019
Skoob
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Livro cedido pela Editora
Sinopse: Um dos filmes mais aclamados dos últimos tempos, O Labirinto do Fauno transborda das telas do cinema em obra que expande o universo de fantasia e horror da obra-prima de Del Toro.
Quando estreou nos cinemas, O Labirinto do Fauno encantou público e crítica com sua história que mesclava sonho e realidade, trazendo para o universo da fantasia o cruel cotidiano da Espanha fascista de Franco. Mais de dez anos depois, a produção permanece conquistando fãs e mostrando que boas histórias são atemporais.
Nesta edição mais do que especial, o escritor, diretor e roteirista mexicano Guillermo del Toro — a mente por trás do filme e um dos artistas mais inventivos dos últimos tempos — se une a Cornelia Funke, premiada escritora de contos de fadas modernos e autora da trilogia Mundo de Tinta, para narrar a jornada de uma menina pelo Reino dos Homens e pelo Reino Subterrâneo.
No ano de 1944, Ofélia e a mãe cruzam uma estrada de terra que corta uma floresta longínqua ao norte da Espanha, um lugar que guarda histórias já esquecidas pelos homens. O novo lar é um moinho de vento tomado pela escuridão e pela crueldade do capitão Vidal e seus soldados, dispostos a tudo para exterminar os rebeldes que se escondem na mata.
Mas o que eles não sabem é que a floresta que tanto odeiam também abriga criaturas mágicas e poderosas, habitantes de um reino subterrâneo repleto de encantos e horrores, súditos em busca de sua princesa há muito perdida. Uma princesa que, segundo os sussurros das árvores, finalmente retornou ao lar.
No livro, a narrativa de Ofélia é intercalada com ilustrações e contos de fadas inéditos, baseados em elementos-chave de O Labirinto do Fauno. A obra é uma impactante ode ao poder das histórias, seja em imagens ou palavras, e a sua capacidade de transformar a realidade a nossa volta.


Uma obra que mistura fantasia com realidade, um roteiro do brilhante Guilherme del Toro, que nas mãos de Cornelia Funke se transformou em uma das minhas obras favoritas. Totalmente fiel ao filme, e com material extra. Como se tudo isso não bastasse, a edição da Editora Intrínseca é uma obra de arte que ao pegar em mãos fui transportada para o ano de 1944, acompanhando Ofélia em um mundo mágico e ao mesmo tempo repleto de tristezas. 


Ofélia segue com sua mãe e seu irmão (que está prestes a nascer) para sua nova casa, onde seu novo 'pai' a espera. Ofélia chama seu padrasto de 'Lobo', que mora em um antigo moinho de vento, repleto de escuridão e envolto por uma imensa floresta. Floresta que guarda segredos, criaturas mágicas poderosas e um Labirinto. 


Chegando ao Labirinto, Ofélia encontra um Fauno, que acredita que Ofélia seja a princesa do mundo subterrâneo, há muito tempo perdida. E fala para Ofélia, que ela precisa passar por três desafios. 
Em um cenário de guerra, onde mostra o cotidiano da Espanha fascista de Franco, o Capitão Vidal e seus soldados usam o moinho como cenário de tortura, em busca de rebeldes que se escondem na floresta. Ofélia com sua inocência se aventura em seus desafios, enquanto a tristeza, o medo e a dor estão mais presentes do que nunca. 


Gostaria de deixar todos os elogios possíveis para essa obra, a narrativa de Ofélia me deixou entrar na história, a autora conseguiu colocar absolutamente tudo do filme nesse livro, até mesmo sons e cores da tela, eu consegui sentir presente nas entrelinhas. O livro possui como extra fábulas sobre o submundo, que me fizeram entrar ainda mais na história, além de se aprofundar mais em alguns personagens, como o pai de Ofélia por exemplo, e conter ilustrações fenomenais. 
As cenas de torturas são ainda mais intensas descritas (algo que eu não achava ser possível), em um estilo sombrio. A leitura foi tão instigante que mesmo sabendo tudo o que iria acontecer, me peguei imaginando como se fosse a primeira vez. Meu amor pelo filme só aumentou com as descrições do livro. 
O Capitão Vidal ficou ainda mais desumano sendo descrito pela autora, algo que me deu repulsa; e ao mesmo tempo mostra o quanto o livro contem opostos, Ofélia e o Capitão é um exemplo. 

Gostaria de falar sobre todos os personagens, cada um se destacou de alguma forma, mas seria impossível (ou a resenha ficaria enorme). Só desejo que vocês leiam essa obra, e se encantem como eu me encantei. Então, esperem muitos posts sobre esse livro ainda <3

Eu acredito em magia, e você?

Beijos!

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