ENTREVISTA COM AUTORES #229 | Autor Marcos Tand
1 - Qual foi sua inspiração para começar a escrever?
Na infância, eu era aquela criança que largava qualquer brinquedo por um livrinho, uma revistinha e televisão. Sempre assisti a muitos filmes, séries e novelas na TV aberta e daí surgiu minha vontade de criar minhas próprias historinhas. Esse desejo só foi amadurecer de verdade na adolescência, quando eu mudei para uma nova escola e escrever histórias para os meus amigos da escola anterior foi a minha forma de manter contato com eles de forma mais analógica, digamos assim, para além dos saudosos MSN e Orkut. Desse modo, eles aguardavam sempre os próximos capítulos das noveletas que eu escrevia e nosso laço de amizade se fortalecia.
2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Os livros de Pedro Bandeira, Marcos Rey e a coleção “Toquinho – o detetive”, de Carlos Heitor Cony, certamente foram um grande incentivo na minha formação literária infantil. Também destaco o trabalho original Walcyr Carrasco, bem como suas adaptações de grandes clássicos mundiais, os quais eu devorava na biblioteca da escola primária. Já adolescente, a saga “Harry Potter” é a mais especial e a escrita de J.K Rowling me influencia até hoje. Ainda nesse período, me apaixonei por Stephen King e sigo acompanhando seu trabalho.
3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
Minha forma de lidar é me distanciando do texto. Procuro recarregar a energia focando em atividades recreativas que me proporcionem bem-estar. Assim a mente dá uma refrescada nas ideias.
4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
Fora as dificuldades em promover meu livro de forma independente, um dos maiores desafios que enfrentei foi lidar com minha própria cobrança por apresentar uma obra perfeita. Modifiquei muito da narrativa por estar insatisfeito, mesmo com o sucesso alcançado no Wattpad. Após muito trabalho, “Uma Noite e Meia” renasceu melhorado em uma versão inédita. No final, aprendi que quanto mais se mexe no texto, mais haverá retoques. Perfeição é um ideal a alcançar, mas um exercício consciente de lapidação no agora.
5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
São muitas histórias, mas uma das que eu mais gosto é o fato de uma leitora ter voltado a escrever depois de ler “Uma Noite e Meia”. Ela disse ter finalmente encontrado o estímulo para retornar aos seus diários, pois a narração do protagonista em 1º pessoa lhe foi terapêutica por compartilhar de muitos dos seus dilemas.
6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Eu gosto de planejar minhas histórias e pesquisar referências, mas sabendo que o processo de escrita revelará ainda mais detalhes do que eu previ. Não há uma rotina padrão. A regra é aproveitar o tempo e não se cobrar além da disciplina necessária.
7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Na verdade, minha única intenção é divertir os leitores fazendo-os viajar na trama e criando conexões, sejam elas por identificação ou mera curiosidade. Fiquei muito surpreso quando começaram a chegar os feedbacks. Percebi que cada pessoa se relaciona de forma única com a arte que eu escrevo e a riqueza está justamente nessa pluralidade de reações que eles descrevem. É realmente gratificante saber que minha obra transformou para melhor o dia de alguém ou a forma como esse alguém passou a enxergar determinada situação.
8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Pretendo continuar na literatura sim, mas o audiovisual é uma paixão cada vez mais concreta. Tenho projetos novos que transitarão entre as prateleiras de livrarias e os catálogos de streaming, mas ainda não posso revelar nada.
Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Primeiramente, agradeço profundamente por esta oportunidade de mostrar um pouco do meu trabalho. Espero que os leitores do Lost Words apreciem meu livro e possam acompanhar meus próximos lançamentos. Vem mais coisa boa por aí! Abraço.
Sobre sua(s) obra(s):
Sinopse: Pare! Você vai viajar “de volta para o passado”. Desembarque no colorido Rio de Janeiro de 1989 e acompanhe o jovem Beto de 17 anos, que tem um crush por Lana, a misteriosa garota mais popular do colégio. Repentinamente, sua paixão é correspondida e os dois começam a ficar. Após uma “experiência de quase morte”, ele se envolve em uma sinistra investigação policial. Enquanto na festa à fantasia da escola, uma revelação surpreendente transforma a noite de Beto em uma montanha russa de emoções extremas e situações cabulosas.
Ao longo de uma noite alucinante, Beto verá sua vida mudar totalmente ao entrar numa perigosa trama de vingança que vai além da imaginação. Cheio de referências, “Uma Noite e Meia” é um empolgante thriller adolescente que evoca toda a nostalgia oitentista em uma narrativa vibrante como uma boa aula de aeróbica, “chocante” como um filme trash, apaixonante como um bom romance impossível e com o charme irresistível da “década perdida”. Dê o play no seu walkman, aperte os cintos e boa viagem! - Compre aqui!
Sobre o(a) autor(a):
É jornalista apaixonado por comunicação e entretenimento em tudo o que a arte possa expressar através da literatura, teatro e audiovisual em geral. Atua como redator-roteirista e copywriter. No Teatro Ferreira Gullar, roteirizou as comédias infantojuvenis “Deu a louca no Pica-Pau Amarelo”, “As princesas vão à praia”, "Coisa de cinema" e “Um caso de família”.
Na literatura, é um dos vencedores do prêmio WATTPAD SUSPENSE 2022 com os contos sobrenaturais “A Dama de Vermelho”, no qual aborda sobre saúde mental, e "O Corpo Seco", adaptação da lenda folclórica. É autor do thriller adolescente de fantasia urbana, “UMA NOITE E MEIA”.
Instagram: @marcostand
Beijos!
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