ENTREVISTA COM AUTORES #85 | Autor Pablo Rios
1 - Como você percebeu que queria ser escritor(a)?
Sinceramente não sei especificar. Escrevi uma história aos dez ou onze anos e depois aos 15 comecei a fazer poesias. Com 19 escrevi uma história religiosa que veio a ser meu primeiro livro publicado e foi aí que percebi que sou um escritor. Posso dizer que não sabia que queira ser e que não escolhi isso pra mim. A Literatura me escolheu e deu um jeito de me fazer ser.
2 - Tem algum personagem favorito? Em modo geral ou do seu(s) livro(s)? Se sim, por quê? O que ele significa para você?
De modo geral tenho como favorito o Geraldo Viramundo, protagonista de O Grande Mentecapto, romance de Fernando Sabino, pois esta obra influencia diretamente todo o meu imaginário. Entre os meus personagens tem o Chico Cabaça, que aparece em meu romance, Bom Vaqueiro, Bom Vaqueiro e em uma Literatura de Cordel que compus. Pretendo inseri-lo em todas as minhas obras de ficção regional, por considerá-lo o personagem que representará a minha presença no meu universo próprio. Sem falar no fato de ele ser patologicamente doido, e também porque desde cedo em minha vida tenho admiração pelos considerados doidos. Ainda tem o fato de eu mesmo ser tido como um deles pelos que se dizem normais.
3 - Como foi para você, entrar no mundo literário?
Não entrei. Nasci nele. Desde pequeno eu fazia bonecos de papel e tecido e criava histórias para brincar com eles. Leitura sempre foi muito presente em minha vida. Então, o começar a escrever não foi uma entrada no mundo Literário e sim me tornar arquiteto de parte dele. E isso não há como descrever em poucas palavras, mas posso dizer que jamais quero sair desse mundo.
4 - Você faz muitas pesquisas antes de escrever uma história?
Sim, principalmente quando desejo me aventurar por temas e estilos inéditos para mim e que me chamem atenção. Geralmente escrevo sobre a vivência de minha própria cultura, então já estou munido de uma grande carga de Informação. A pesquisa, nesse caso, serve para enriquecer a narrativa.
5 - Existem muitas cobranças por parte de seus leitores?
Apenas em dois aspectos: publicar mais e não ser tão cruel com meus personagens.
6 - Fale um pouco sobre sua forma de criação... Possui alguma mania na hora de escrever?
As coisas surgem com um estalo, uma frase , qualquer coisa que desperte minha criatividade. Costumo imitar enquanto escrevo as expressões que meus personagens fazem. Outra coisa muito marcante em minha obra é ser o mais detalhista possível quando quero fazer o leitor mergulhar na narrativa ou o mínimo detalhista possível quando quero provocar a curiosidade após envolvê-lo na história. E por último, mas não menos importante, gosto de colocar parte de minha vida no que escrevo. Logicamente sem entregar o que é real ou fantasia.
7 - Quais são seus projetos para um futuro próximo?
Tenho vários que gostaria de já ter colocado em andamento. Por exemplo, já fazem o cinco anos que tenho uma saga de passado e futuro distópicos engavetada. Mas já há obras em execução. Um livro de contos e um de poemas, respectivamente chamados: O Ipê Morre Amanhã e Rochedo's & Varandado's.
Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores:
Apenas reiterar a importância da leitura de bons conteúdos para a formação de inteligência ao invés de apenas as top trends das redes sociais. E desde já agradecer aos que já leram e irão ler minhas obras, com direito a um pedido antecipado de perdão.
Sobre sua obra:
Sinopse: Tecida pelo escritor Pablo Rios, de São José do Jacuípe (Ba), a narrativa de "Bom Vaqueiro, bom vaqueiro" traduz linguagens e tradições do espaço cultural da caatinga, dos vaqueiros, do povo sertanejo do semiárido norte da Bahia.
Venâncio é um vaqueiro valente que encontrou emprego nas terras de Chiquinho Góis. Logo prova suas qualidades e conquista a confiança do patrão e colegas de trabalho. Sua vida muda drasticamente após se apaixonar por Bernadete e ele passa a viver em angústia por este sentimento. Enfrentando a solidão, tão peculiar à sua profissão, Venâncio sofre por amor a uma mulher, pela amargura de uma briga familiar e pelo medo de uma maldição.
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Sobre o autor:
PABLO RIOS nasceu em Jacobina, na Bahia, em 30 de maio de 1983. Escritor, poeta, presidente da Academia Jacuipense de Letras, Educação e Humanidades. Graduado em Letras, pós-graduado em Linguística e Literatura. Autor de: O Publicano e o Sepulcro Vazio (ADOS, 2003), O Banco e o Velho ( Penalux, 2014) e Papo de Líder (Galinha Pulando, 2017). Bom Vaqueiro Bom Vaqueiro (Portuário Atelier Editorial, 2017).
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Beijos!
5 comentários
Oi, Aline tudo bem? Que entrevista maravilhosa. Adorei. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Oi Luciano, tudo sim e com você?
ExcluirFeliz que gostou, beijos!
Obrigada, para você também.
ResponderExcluirBeijos!
Aquele sempre nos presentear com autores nacionais!Este é um dos motivos de lhe admirar tanto,tanto. Desde que cheguei no blog, aprendi tanto e conheci tantos autores a autoras.
ResponderExcluirTá, aumentei minha lista de livros a serem lidos também! rs
Amei conhecer um pouco mais sobre o trabalho do nosso brasileirinho aí!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Enquanto o LW existir sempre vai ter nacionais por aqui. É muito bom esse retorno, feliz em saber que conheceu autores através do blog. E desculpa pela lista aumentar haha
ExcluirBeijos <3