Recordo-me de quando li Edgar Allan Poe pela primeira vez em um livro didático. O conto “O Retrato Oval” me encantou e, a partir daí, comecei a escrever. Foi quando esse gosto, esse desejo, emergiu. Tudo também mudou depois que ouvi “Aphelion” (Tristania). Digo que Edgar Allan Poe trouxe o desejo e Morten Veland a inspiração.

Como ressaltei, Edgar Allan Poe. Sou apaixonada por Álvares de Azevedo e outros que sempre gostei desde que comecei a me interessar por literatura, como Casimiro de Abreu, Castro Alves, Augusto dos Anjos. O romantismo está bem presente. Lord Byron também. Não posso esquecer de Anne Rice.

Eu paro e dou um tempo, vou ler algum outro livro, ouvir uma música. Depois, quando as ideias emergem, eu volto a escrever. Sempre paro e dou esse tempo, não gosto de forçar nada.

Ainda estou nesta fase de desafios que é criar o meu público e a questão de divulgação. No entanto, no início, um grande empecilho foi a publicação porque não havia essas plataformas de auto publicação quando comecei a escrever. Depois, foi a falta de coragem. O medo tomou conta.

Ainda há poucas pessoas que leram os meus livros, então é difícil dizer. Contudo, posso destacar que uma leitura crítica que um professor, por quem tenho um enorme respeito e admiração, fez de “Veneno Com Vinho”. Isso me impulsionou a publicar. A opinião sincera dele foi muito importante para mim.

Sim, de início, sempre preciso de uma música. Ela me ajuda a escrever, a imaginar e a criar um ambiente, uma atmosfera. Tudo começa com uma melodia, e minha fonte de inspiração é sempre as músicas do Morten Veland.

Gosto de ressaltar que, certamente, a intenção original dele ao criar uma determinada canção pode ser muito diferente da minha interpretação pessoal da mesma. No entanto, é uma inspiração e não um plágio. Claro, por vezes faço referência à música ou ao seu título, mas sempre como uma forma de homenagem, jamais como plágio.

Também carrego o meu caderno para escrever. A escrita à mão também é essencial para mim. Começo pelo primeiro capítulo, definindo os personagens, o ano em que a história se passará e a cidade onde tudo acontecerá. Depois de ter esses elementos bem estabelecidos, pulo diretamente para o final. Sempre faço isso. Preciso saber para onde estou indo. O que sobra depois é o meio da história, o fio que vai ligar o início ao fim. E nesse ponto, não me preocupo em seguir uma ordem linear. Sempre surge uma ideia que se encaixa mais perto do fim ou do início. Então, escrevo o que consigo imaginar, ou o que vem a mim ao longo do dia, sem me preocupar com a sequência. Tudo se encaixa depois. No fim, releio o texto em voz alta para polir cada palavra, cada frase. E gosto sempre de pedir a alguém com uma opinião sincera para ler, apontar se algo precisa ser modificado. Antes, eu tinha certo receio de submeter meus textos à avaliação de outros, mas, atualmente considero essa prática extremamente necessária.

O mesmo que Allan Poe me proporcionou lá no início, a curiosidade pela escrita, a vontade de escrever. E o mesmo que as músicas de Morten Veland me causam, esse desligar da realidade, de poder viajar para um mundo diferente, esse encanto, fascínio. Espero que possa realmente tomá-los como o canto de uma sereia.

Quero continuar escrevendo, me aperfeiçoando também. No momento, estou organizando alguns textos, algumas histórias manuscritas que mantive guardadas por um tempo. Pretendo publicar todas. Como estão escritas à mão, preciso de ainda mais tempo para passá-las para o notebook. Também tenho algumas novas ideias para uma nova história, só preciso terminar de organizar os antigos.

Para os leitores do Lost Words: É um prazer compartilhar este espaço com vocês. Agradeço pela oportunidade e por fazerem parte deste meu sonho.

Para os futuros leitores: Bem-vindos ao meu mundo imaginário. Espero que possam se embriagar cada vez mais com minhas histórias e meus personagens. Que elas possam sempre distraí-los de qualquer preocupação ou fardo, levando-os para o fundo de um oceano de sensações e possibilidades. Agradeço e sejam bem-vindos à nossa comunidade literária.

Sinopse: Em meio a uma tempestade, um navio pirata é seduzido pelo canto de uma sereia. O capitão, em transe, é atraído para o fundo do oceano, onde a morte o aguarda. Capturada e posteriormente vendida a um rico proprietário de minas, a sereia se encontra em Vila Rica, a antiga Ouro Preto, envolvida em diversos acontecimentos. Ela utiliza seu poder hipnótico para viver como uma mulher comum da sociedade e recebe um pedido inesperado. Com seu toque frio, ela conduz muitos à morte. - Compre aqui!