Acho que eu não tive uma inspiração para iniciar nessa carreira. O fato de eu ficar em casa sozinha na minha pré-adolescência, me fez ocupar meu tempo em algo. E foi criando meus livros que senti aquele tempo de solidão sendo preenchido.

Agatha Christie e Laura Purcell são minhas queridas do mundo literário. Mas meu estilo de escrita eu acabei sendo influenciada mais por séries criminais do que livros. Nisso eu dou todo crédito ao Discovery Id.

Entrando em desespero (risos). Não é a melhor opção para lidar com isso, mas em meio a tantos autojulgamentos eu acabo sendo sobrecarregada por mim mesma. Mas tenho tentado lidar com isso descansando um pouco. Às vezes esse bloqueio vem justamente do cansaço mental.

A desistência. O desânimo. Acho que esses foram meus grandes adversários nessa jornada. Mas é importante saber que nada vem de um dia para o outro. Mas se a escrita é seu grande amor, não há desânimo ou tristeza que te faça abandonar um sonho.

Esses momentos ainda são poucos, pois ainda sou uma pequena flor em meio aos grandes jardins de livros. Mas o contato que tenho por mensagens de alguns é sempre muito divertido. Vê-los completamente em choque com o rumo do livro é sempre muito engraçado de acompanhar. 

Meu processo é básico e muito familiar aos outros escritores. Eu tenho a ideia e a organizo antes de tudo. Faço minhas pesquisas sobre o local onde se passa o livro, vejo o clima do lugar, e com o google maps me situo diante a cidade, que nem sempre é a onde eu resido. Faço tudo antes de iniciar a construção, e confesso que essa é minha parte favorita. Após isso eu início a construção dos personagens, o meio e o final do livro. Ao longo da escrita vou formulando tudo para que se encaixe na proposta criada. Mas nem sempre segue assim. Na verdade, é sempre bom deixar nossa mente livre para imaginar.

Que elas enxerguem além dos traumas vividos. Meus livros sempre vão trazer uma carga pensativa muito alta. Como escritora de suspense, eu escrevo sobre o dia a dia de pessoas que passaram por provações cruéis, mas foram sobreviventes da sua história. 

Se Deus quiser, continuar escrevendo livros que mexem com o psicológico. Trazendo vilões com muitos níveis de crueldade e personagens fortes, em sua melancolia, resistentes e vivos para enxergar a justiça sendo feita por si próprios ou pelo espiritual.

Leiam! Seja autor nacional ou internacional, não há nada melhor do que ler. Isso agrega valor ao intelecto, sem contar que nos traz viagens incríveis sem sair de casa. Me permito convidar a todos para lerem sobre meus livros com casos criminais dignos do programa linha direta, que teve grande importância também na minha carreira.