É uma pergunta difícil. Desde sempre eu gostava de criar histórias, mas eram histórias para mim, na minha cabeça. Acho que foi meu desejo de compartilhar esses mundo que me fez começar a escrever, mas essa questão de criar em si está comigo desde sempre.

Com certeza o que mais me influencia é Neil Gaiman. Tem muitos outros contadores de histórias que me inspiram como ND Stevenson, Dana Terrace, George R. R. Martin, Stephen King e vários outros.

Olha, atualmente eu não acredito em bloqueio criativo. Eu acredito em exaustão, pode ser física, psicológica ou emocional e nesses casos não adianta forças. É preciso parar, respirar e recuperar suas forças. Agora só “não estar a fim”, “não estar criativa” ou qualquer coisa assim não adianta. Eu posso até decidir não escrever um dia, mas minha melhor solução é sentar e escrever mesmo assim.

Nossa, quais eu não enfrentei? Ser uma autora independente no Brasil não é fácil, mas sem dúvida a maior questão é o marketing. Não adianta você escrever o melhor livro do mundo se ninguém ler, então é preciso espalhar sua palavra, o que ainda é uma coisa muito fora da minha zona de conforto. Mas, assim como a própria narrativa, isso é uma habilidade que precisa ser treinada para conseguir que as pessoas leias seus livros.

Ah, sempre que alguém fala que se emocionou ou chorou lendo uma obra minha meu coração fica quentinho. Já teve um rapaz que falou que gostou tanto do meu livro que ia fazer um filme dele. Esse filme não aconteceu, mas adorei ouvir isso.

Eu já passei por muitas rotinas diferentes, mas atualmente eu tenho um cronograma bem fixo. Como estudo de noite, uso a manhã e à tarde para isso, em geral escrevendo entre às dez até o meio-dia, usando o resto do tempo para fazer freelances, trabalhos da faculdade e marketing para os livros.

Não tenho nenhuma sensação específica que quero alcançar, mas espero que eles sintam coisas. Apego pelos personagens, surpresas pelas reviravoltas e talvez que encontrem um lugar e um mundo em que todos podem participar.

No momento estou publicando dois livros físicos, Dados do Destino: O Soar dos Seis pela editora Pendragon e Bruxa dos Laços pela editora Ases da Literatura e estou muito empolgada para ambos. Não tenho nenhum projeto como esses ainda para esse ano, mas pretendo postar histórias online de forma gratuita. Quem quiser acompanhar tem o link do blog que sempre posto as novidades https://redgravesstory.wordpress.com/ e o link do meu Apoia-se para quem quiser ajudar esse sonho que parece impossível de viver com a arte: https://apoia.se/redgraves

Red Graves, nascida em 1996, cria mundos e histórias desde que se entende por gente. Já publicou vários livros e contos, além de ter se arriscado em outras mídias, como quadrinhos e até jogos.

Beijos!