ENTREVISTA COM AUTORES #195 | Autora Helo Rossini

by - segunda-feira, junho 03, 2024


1 - Qual foi sua inspiração para começar a escrever?
Eu sempre gostei muito de ler, e com o passar do tempo fui aprendendo a gostar de escrita. 
O impulso e vontade de escrever sempre estiveram comigo, mas minha maior inspiração sempre foram os autores que conseguiram fazer com que seus livros fossem lançados. Cada vez que eu lia uma nova história, ficava com mais vontade de criar e conseguir fazer com que os outros ouvissem, ou melhor, lessem as histórias que eu tinha para contar, mesmo que elas não fossem necessariamente vividas por mim. Com o passar dos anos, esse desejo foi crescendo cada vez mais, até que eu tive a ideia para Entrelace.

2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Os autores que me inspiraram para criar meu estilo de escrita foram principalmente os que eu mais li nos últimos anos:

- Julia Quinn
pois gosto da maneira como ela conduz a história, que mesmo sendo em terceira pessoa, ainda sim, foca nos pontos de vista de diferentes personagens mais intimamente e deixa que tenhamos uma conexão ainda mais profunda com cada um deles e seus pensamentos.

- Jane Austen
Minha autora favorita, ela não descreve personagens pela aparência, e sim por seus modos, emoções e trejeitos, e foi isso que eu usei para descrever os personagens de Entrelace, para trazer mais identificação para uma sociedade tão plural quanto o Brasil.

- Alexandre Dumas
Apesar de só ter lido um dos livros dele, foi o suficiente para que eu quisesse me inspirar na escrita dele. Em "O Conde de Monte Cristo", o autor apresenta personagens que parecem não ter a ver com a história, mas que em algum ponto terão um papel fundamental para o desenvolvimento da trama.  

Todos esses são aspectos que podem ser encontrados na escrita de Entrelace, além de muitos outros.

3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
Desde pequena eu já tinha o costume de escrever. Nas aulas de português, às vezes, tínhamos como tarefa escrever uma história, ou continuá-la. Nessas atividades eu costumava deixar todas as minhas emoções e pensamentos saírem, o que deixava tudo mais leve. Já no ensino médio, eu e um grupo de amigas escrevíamos histórias malucas em conjunto. Cada uma escrevendo um parágrafo, o que não deixava a história ir pelo caminho no qual havíamos pensado, o que fazia com que tivéssemos que criar uma outra saída para os problemas ou até outros finais.
Minha maneira de lidar com o bloqueio criativo é voltar para essas histórias, me conectar com o meu antigo eu, que costumava ter muito mais criatividade, e assim, eu consigo ter uma ideia de que caminho seguir com a história.
Também costumo ler, assistir séries e escrever contos, para ter mais inspiração.

4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
Durante a minha jornada de escrita eu estava cursando Arquitetura e Urbanismo, um curso no qual também precisamos usar muito da criatividade, o que me esgotava, e tomava grande parte do meu dia. Além disso, acabei fazendo um intercâmbio, estávamos na pandemia e eu fiquei doente no processo. Foram vários obstáculos, mas no fim, tudo valeu a pena, e fez com que eu aprendesse muito mais sobre mim.
Terminei o curso, fiz o intercâmbio, estou melhor e terminei e publiquei meu livro.

5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Eu gosto de qualquer interação que alguém tenha comigo sobre Entrelace, desde falarem sobre a história, os momentos mais marcantes, o que os pegou de surpresa, o que mais gostaram, até às críticas, se forem construtivas, para que eu possa estar sempre melhorando.
O que eu mais gosto, porém, é quando os leitores dizem que sentiram o que eu quis passar com a obra.

6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Quando eu tenho uma ideia, muitas vezes, ela já vem com um começo e um final (que pode acabar mudando com o decorrer da história), costumo anotá-la em um caderno que deixo ao lado da minha cama, ou se estou fora de casa, no bloco de notas do celular. 
Quando já tenho a ideia inicial formada, crio um conceito para ela, em torno do qual toda a história vai girar, algo no qual eu possa me segurar quando sentir que estiver me afastando do ponto principal da trama (essa é uma das primeiras coisas que aprendemos no curso de arquitetura, e achei interessante trazer para a minha escrita também).
Ideia e conceito criados, eu começo a pensar nos personagens, dando-lhes papéis na história. Depois de definidos os papéis, preciso pensar nas características de cada um: Como eles serão? Quais serão suas características marcantes? Os trejeitos? Como ele vai agir com as outras pessoas? 
Depois, vem a pesquisa sobre o tema que quero abordar.
E por último, começo a escrever.
Não tenho uma rotina específica de escrita. Tento escrever ao menos uma hora por dia, mas muitas vezes o trabalho me desgasta, e eu preciso só chegar em casa e descansar a mente para o dia seguinte, sem pensar em nada. 

7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Eu quero que os leitores aprendam e passem esse aprendizado para frente, assim como eu aprendi muito durante a escrita da história. Quero que eles se sintam confortáveis para aproveitarem a vida do modo como quiserem e que sejam felizes, assim como Alice percebeu que poderia ser.
Quero que eles sigam seus sonhos.

8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Sim, estou trabalhando em alguns projetos no momento. Tenho três livros em andamento.
Alguns precisam de mais pesquisa do que outros, o que faz com que demorem mais, mas até o ano que vem provavelmente eu terei mais um livro publicado.
Maus planos para o futuro são: Conseguir terminar esses projetos e fazer com que cada vez mais pessoas conheçam e se inspirem com a história de Entrelace e dos futuros lançamentos.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Sempre sigam seus sonhos, mesmo quando te disseram que não dará certo, ou que você só está perdendo tempo.
Sempre siga o que seu coração diz, vá atrás do que deseja.
Seja feliz, aproveite sua vida da maneira que achar melhor.

Venha conhecer mais sobre a história de Entrelace e do meu processo de escrita no Instagram @helorossiniescreve!!

Sobre sua(s) obra(s):


Sinopse: Se você tivesse a chance de viver novamente, você viveria? Marcella é uma mulher que ama a vida e deseja aproveitá-la ao máximo. No entanto, quando é diagnosticada com uma doença terminal e recebe a notícia de que terá apenas alguns meses de vida, ela toma uma decisão drástica: opta pela criogenia. Anos depois, ao despertar do seu "sono eterno", Marcella se depara com uma situação inesperada. Ela agora compartilha sua alma com sua própria reencarnação, uma jovem de dezenove anos chamada Alice. Essa ligação torna impossível para ambas viverem uma vida plena e independente. Confrontada com essa realidade, Marcella começa a questionar se a criogenia foi a melhor escolha. Como ela poderá resolver esse problema? O congelamento terá consequências em sua vida? E como isso afetará a vida de Alice e de todos ao seu redor? Além disso, Marcella se preocupa com o destino de sua família após tantos anos congelada. Ao longo desta jornada emocionante, Marcella descobrirá que nem sempre devemos ter exatamente o que desejamos, pois cada ação traz consigo consequências, sejam elas positivas ou negativas. - Compre aqui!

Sobre o(a) autor(a):


Heloisa Delai Rossini nasceu em uma cidade no interior de Santa Catarina. 
Desde pequena, desenvolveu uma paixão inexplicável por livros e pela literatura. Viveu a vida inteira ao lado dos pais e da irmã mais nova,  até decidir se mudar para Curitiba para seguir seus estudos. Lá, graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-PR.

Beijos!

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1 comentários

  1. I find the author interviews you feature extremely interesting!!
    I think the same as the people who write!
    Thank you!

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