ENTREVISTA COM AUTORES #276 | Autora A. M. Andrômeda

by - quinta-feira, junho 05, 2025


1 - Qual foi sua inspiração para começar a escrever?
Difícil dizer, já que desde antes de saber escrever eu inventava histórias para fugir da realidade e depois que aprendi, apenas continuei a fazer por esse motivo, afinal, por que lidar com uma mãe narcisista quando você pode ter poderes mágicos e derrotar a rainha tirana de um reino de fadas?
Mas atualmente o principal motivo que me impulsiona a escrever é por ser uma maneira de expressar o que eu sinto, como uma terapia.
Quanto a publicar, eu simplesmente amo ver a reação das pessoas quando lêem, porque é sempre divertido ver se vão decepcionar, atender ou superar as espectativas criadas.

2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Acredito que eu fui sim influenciada por muitas obras que leio, no entanto, não tem nenhum autor em específico que venha na minha cabeça quando o assunto é estilo de escrita ou narrativa.
Apesar de ler muitas obras de fantasia e ficção escritas por Sarah J. Mass, Colleen Hoover e outros famosos que todos conhecem, acredito que minhas principais inspirações venham de escritores do wattpad (não o de fanfic, mas sim os de obras originais) sobretudo quatro de quem fiquei amiga virtualmente.
Alexandrina e Luana fazem cada parágrafo parecer uma obra de arte de tão perfeitas que as palavras são encaixadas em suas histórias enquanto Crow, Carlos e Cauã me ganham muito nas cenas de ação que fazem e escrever tão bem quanto eles é uma meta para mim apesar de eu ainda fazer os textos e combates do meu jeito.

3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
Normalmente eu paro de pensar sobre e apenas ouço música conforme faço alguma tarefa de casa. Quando eu menos perceber, as vozes da minha mente terão tido ótimas ideias enquanto lavo a louça.

As vezes as ideias nem são para a história específica que eu estava tendo bloqueio, mas muitas dessas vezes, é escrevendo sobre uma que recupero o pique para voltar a fazer a outra.

4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
Encontrar uma editora para publicar foi bem difícil considerando minha disponibilidade financeira e depois de publicado, a dificuldade foi vender. Não que eu esperasse facilidade para vender estando no mercado literário nacional, que sabemos que não é exatamente muito valorizado, mas foi realmente uma saga para conseguir.

5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Sim, eu converso muito com alguns leitores no whatsapp e ocasionalmente há uma experiência a ressaltar entre nós.
Uma que eu poderia comentar sobre, foi o dia em que Luana disse que odiava a personagem Violeta, Luís disse que odiava o Vinci, e eu só assisti eles debaterem por bastante tempo com aqueles que defendiam os respectivos personagens.
Eu ri muito porque foi muito engraçado ver como eles tinham interpretado os personagens de forma completamente diferente e era aquilo que eu queria ver.
Queria tornar meus personagens profundos, multidimensionais, cheios de camadas para que se assemelhassem a humanos de verdade e quando aquela discussão aconteceu, o meu coração ficou bem quentinho e cheio de alegria porque eu tinha conseguido cumprir meu objetivo principal.
Porem, a experiência mais significativa de todas para mim foi quando Luís me passou o Pix pra eu dar meu livro de presente pra alguém, já que ele não leria o exemplar (afinal, ele já lê no celular e ocasionalmente me ajuda com ideias quando envio algum capitulo para ele), mas queria me ajudar a vender.

6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Eu tento seguir a rotina de escrever uma vez ao dia, ou das 06:30 até 08:20, ou das 13:30 até às 15:00 (horário em que as crianças de quem sou babá não estão em casa e eu também não tenho tarefas a fazer), mas nem sempre consigo cumprir com essa meta.

7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Eu nunca parei pra pensar sobre o impacto delas nas pessoas.
Eu espero causar emoções e apenas isso.
Podem odiar o personagem que eu mais amo, adorar o que mais odeio, se revolvar ou ficar felizes com o namoro de algum deles... O que eu quero é que sintam, que interpretem cada um da sua maneira como nós fazemos com pessoas que nos cercam, que eles se tornem "reais" para alguém e que leiam até o final, impulsionados pelas emoções que os fizeram acompanhar a história, sejam elas quais forem.
Se tirarem alguma mensagem da obra, será um lucro, pois o livro até tem algumas, mas eu não a fiz pensando nessas mensagens, apenas na história em si. Na jornada e no final dela.

8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Tenho muitos planos e estou trabalhando em mais de um projeto ao mesmo tempo.
Há uma história chamada "Resiliência da Alma" que escrevo puramente por diversão e por isso ela é mais leve e focada na ação, como uma mistura de Power Rangers com Yu Yu Hakusho.
Existe uma de fantasia sombria que publiquei na Amazon chamada "Dona de um Demônio a Quem Pertenço" que está sendo reformulada desde o início enquanto a sequência "Donos de um Destino ao Qual Pertencemos" também está sendo feita.
"Corações Perdidos" e "Corações Delinquentes" são outras duas que se passam no mesmo universo com personagens diferentes e seus roteiros estão 100% prontos, só faltando que eu escreva, no entanto estão temporariamente em hiato, assim como "Entre Punhais e Rosas" (ficção policial) e "A Princesa Maligna" (fantasia sombria) para que eu me concentre no atual livro que publiquei.
Mas minha prioridade é publicar primeiro a trilogia "Entre Luz e Trevas" que está totalmente finalizada, mas foi escrita com caneta em três cadernos de escola, por isso, preciso transcrever para o docs e por se passar em um mundo fantástico, minha maior dificuldade nesse, será pagar a ilustradora que fará as criaturas dessa fantasia que é quase um Senhor Dos Anéis, Barbie Fairytopia e Hellboy.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Eu queria muito ter uma frase bonitinha para passar como mensagem, mas acho que tudo que tenho a dizer é obrigada por lerem até aqui e se chegaram até aqui, então peço que dêem uma chance as histórias que tenho fervendo em minha mente, prontas para serem transformadas em livros para vocês.
Seja um romance hot, um terror, uma fantasia ou ficção científica, eu prometo que sentirão todos os tipos de emoções das formas mais intensas que puderem se imaginar sentindo.
(E sim, eu tenho todos esses projetos engavetados).

Sobre sua(s) obra(s):


Sinopse: Os nefilins já andaram sobre a Terra e seus descendentes agora foram descobertos…
Para comprar sua liberdade do ganancioso Barão para o qual seus pais o venderam, Vinci terá a tarefa de encontrar e capturar o herdeiro dos anjos que não por acaso é o verdadeiro Barão daquela ilha.
Mas nada ocorrerá como o planejado e enquanto partem nessa jornada desesperada por liberdade, novos amigos surgirão, inimigos se formarão, aliados trairão, revelações acontecerão, pessoas morrerão e mentirosos manipularão! - Compre aqui!

Sobre o(a) autor(a):


Nascida em um ambiente tão tóxico que faz Chernobyl parecer agradável, sempre busquei formas de escapar da realidade (por isso a porta do meu quarto era cheio de desenhos e cada qual tinha uma história completa por trás).

Escolhi ser conhecida pelos leitores como A. M. Andrômeda (um nome artístico que, convenhamos, combina perfeitamente com uma escritora de fantasia), porque acho que meus progenitores juntaram de propósito os sobrenomes mais sem graça de ambos para formar o meu "Alice Mendes de Almeida" (podia ter sido Alice Roseno de Oliveira, por exemplo) e também, porque apesar de bobo, o nome Andrômeda foi importante para a eu criança que queria ser uma versão mais boazinha de si (não que tivesse culpa por ser um capeta, mas ela não sabia disso).

Pode-se dizer que tenho um lado fada e outro bruxa, o que talvez explique meu amor por gatos (mesmo sendo alérgica) e minha paixão por pintar tanto noites estreladas quanto jardins floridos, sempre mesclando o sombrio e o luminoso em uma único cenário.

Sou completamente apaixonada por doces (muito mesmo!). Tanto que minha primeira ação ao receber meu primeiro salário foi cumprir a promessa da minha eu criança de entrar em uma loja e comprar todos os doces possíveis (mas minha eu adulta foi responsável e só gastou 50 reais nos doces).

Não tenho um hobby específico, mas passo horas assistindo filmes, séries, desenhos e animes, ouvindo música enquanto faço as tarefas de casa, lendo ou escrevendo histórias e, claro, aprendendo fatos aleatórios que provavelmente nunca me serão úteis, mas que me divertem demais saber.

Enfim... Essa sou eu 😸

Beijos!

Você também pode gostar desses posts:

0 comentários