ENTREVISTA COM AUTORES #161 | Autor Glauco J S Freitas

by - quarta-feira, abril 24, 2024


1 - Qual foi sua inspiração para começar a escrever? 
Comecei escrevendo um livro (um conto, na verdade) num trabalho do ensino médio. Como todo mundo no meu grupo era vagabundo, puxei a responsabilidade e adaptei o álbum conceitual da minha banda favorita na época em formato de livro e a galera gostou. Depois disso, eu e um amigo começamos a criar uma história juntos durante as aulas (especialmente as de matemática) e mais tarde eu tive o desejo de me tornar roteirista. Comecei a escrever algumas histórias e a coisa foi evoluindo até se tornar o amor pelos livros.

2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Sempre fui muito aficionado pelo cinema e pelos animes, os livros só chegaram bem mais tarde quando um primo me deu O Último Reino, de Bernard Cornwell. Eu não sabia que dava pra escrever daquele jeito, um texto que não era enfadonho e não levava três parágrafos descrevendo a sala. Misturando tudo isso, acho que explica muita coisa do meu estilo de escrita.

3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
Pulando pro próximo capítulo/cena. Gosto demais de começar um diálogo aleatório e ver onde ele vai dar e depois domar aquilo e puxar pra dentro da história até chegar aonde eu preciso. Mais tarde eu volto pra onde eu tava empacado e parece que tudo flui mais fácil quando você não coloca o peso da continuidade do trabalho naquelas linhas.

4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
O mesmo que muitos outros: perceber que nada é do dia pra noite, que você é seu próprio e único time de marketing, que seu sustento dificilmente virá disso e que, se vier, isso agrega muitos outros tipos de pressão sobre você e sua arte, síndrome de impostor, depressão, etc.

5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Sim! Descobri que a melhor forma de divulgar o próprio livro é criar memes sobre ele. A quantidade de gente que vem falar comigo sobre meus livros dobrou depois que comecei a fazer isso. Tanto gente que se interessa em entender a piada quanto gente que usa como brecha pra vir conversar e dizer que leu. E eu sempre acho ótimo quando acontece, apesar de ser um jacu e não saber lidar muito bem com elogios.

6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Bem caótico. Eu costumo criar esqueletos que vão do início ao fim do livro, mas sempre pra histórias que acabam engavetadas ou vão pro fim da fila. Normalmente eu tenho uma ideia que eu acho incrível e me vejo obrigado a escrever algo pra registrar aquela ideia e não perder e isso acaba me arrancando do livro que estou escrevendo no momento e me fazendo focar na história nova. Fora isso, eu acabo enjoando rápido demais do que tô escrevendo, então eu pulo de uma história pra outra , fazendo um pouco de cada. Não a toa, tenho três livros em processo no momento e mais uns cinco começados...

7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Não tenho nenhuma ambição que não seja entreter. 

8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Como eu disse, tenho três livros em estágios diferentes no momento, mas dois estão bem próximos de ficar pronto. Pretendo publicar o terceiro volume da minha alta fantasia inspirada no folclore brasileiro nos próximos meses e ainda tô me decidindo se guardo o policial sobrenatural pro ano que vem ou se lanço ainda esse ano. 

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Se alguém ficar curioso e for atrás, vai ver que minhas obras tiveram um intervalo grande entre os lançamentos, mas agora tô tirando esse atraso. Vai ter bastante coisa nova chegando!!!

Sobre sua(s) obra(s):


Sinopse: Amaldiçoado pela gigantesca cobra de fogo, Mboi Tatr, o reino de Akakor há séculos vive em uma guerra desigual contra criaturas ferozes e imortais. Com pouca esperança, seus líderes não sabem que estão sendo traídos por um grupo que busca incansavelmente ver a segunda maldição de Mboi Tatr se concluir: a de que voltaria a vida para consumir o mundo em chamas. Mas, o mestiço Räel, um encantador de flechas, ao descobrir o plano macabro, sai no encalço do grupo a fim de impedí-los, para isso colocará sua vida em risco quando poderes muito maiores que os seus entram no conflito. - Compre aqui!


Sinopse: Após ter sido incapaz de impedir o Ventríloquo de Mortos no Monte Nhaminiwi, Räel é enviado para o subterrâneo de Akakor a fim de ajudar Kar'Amuru, um Mob'Uraxiba kuru, a resgatar parte de sua tribo feita prisioneira pelos capelobos. A trilha deixada pelo inimigo os levará direto aos cofres da Akadêmica, onde, além de outros artefatos, um poderoso grimório foi selado. Mais uma vez o encantador de flechas terá de enfrentar o magista negro, mas desta vez, não estará sozinho: magistas, kury, arcontes e príncipes entrarão na luta para evitar que o inimigo torne a vencer.

Em uma aventura repleta da nossa rica mitologia, A Sala dos Oito Espelhos, continuação do Exército dos Imortais vai te transportar mais uma vez para os segredos que nosso folclore esconde. - Compre aqui!


Sinopse: Rituais de morte se espalham pela cidade de Curitiba e cabe ao Investigador da Homicídios, Flávio Patrezzi, com a ajuda imprescindível de seu consultor, Alexandre Matsui, impedir a propagação do horror causado pela Alcateia.

Garotos somem de dentro de suas casas e os únicos rastros são os cadáveres de seus familiares, mutilados e marcados a fogo. Mas quem disse que os mortos não podem ser interrogados?

Acompanhe a perseguição aos responsáveis por estes crimes bárbaros numa caçada que os levará aos corredores labirínticos do próprio Inferno. - Compre aqui!

Sobre o(a) autor(a):


Nascido em maio de 90, o autor curitibano não esconde seu amor pela ficção e fantasia japonesa. Na literatura, tem em Bernard Cornwell sua principal influência. Se há um ponto em comum em seus livros, é a presença brasileira, seja no uso do folclore nacional, na ambientação ou mesmo em seus personagens.

Beijos!

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