ENTREVISTA COM AUTORES #244 | Autor Ilquer Amaro

by - terça-feira, abril 08, 2025


1- Qual foi sua inspiração para começar a escrever?
Minha inspiração para escrever LEMNISCATA: AQUILO QUE PERMANECE foi uma experiência singular e única (daquelas que não se repetem numa mesma vida). Acredito que o sentimento que denominamos como AMOR foi a minha maior inspiração para escrever o que minha subjetividade aponta. Minha obra é uma obra baseada numa história, que além de ser real, promove reflexões em torno de nós mesmos, com intuito de que possamos acessar o nosso próprio som do silêncio (nosso íntimo, aquilo que somente nós mesmos sabemos do que guardamos internamente). 
Sentimentos, ciclos, universo, fé (que não tem nada a ver com os conceitos de religião), e a eternidade que se encontra no amor, no verdadeiro amor.
LEMNISCATA é o nome dado ao símbolo do infinito, ou seja, em um mundo de ciclos aonde você encontra sua eternidade? 
Nessa obra, te apresento aonde eu encontro a minha própria eternidade.

2- Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Meu gênero literário se resume aos clássicos, filosofia e as ciências universais. Diria que desde:  Alexandre Dumas, Emily Brontë, Cervantes, Dostoiévski, Espinosa à Carl Sagan. São muitos os autores que conseguem me acessar de modo íntimo.

3- Como você lida com o bloqueio criativo?
Essa é uma pergunta muito importante. No meu caso, minha condição de saúde mental apresenta alguns desafios, que eu preciso lidar diariamente. Então manter uma estabilidade na minha mente é algo imprescindível para que eu consiga expressar-me de modo funcional. Utilizo da música e das formas de arte para lidar com bloqueios que as vezes ocorrem. Ainda sim, busco fazer o que é de minha responsabilidade diariamente – e é claro, mantendo psicoterapia em dia.

4- Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
Os maiores desafios estavam presentes na minha própria mente. Sempre escrevi poemas para expressar minhas emoções e nunca me considerei um bom criador de histórias. Certa ocasião, uma amiga de anos me sugeriu que colocasse no papel a fase vulnerável em que eu me encontrava, e foi assim que surgiu LEMNISCATA. Foram exatos 07 dias para registrar essa história, que é baseada na minha própria percepção do que eu vivi. 
Depois de pronto, li 1, 2, 3, 4, inúmeras vezes, sempre me gerando emoções pessoais e únicas. Gostei tanto do que escrevi que encaminhei para algumas editoras avaliarem. Tive um feedback positivo da Editora Ipê das Letras e da Editora VISEU (que fez a publicação). 
Ambas as críticas me impulsionaram a publicar o livro, deixando registrado nas páginas: minha essência, história, e a melhor representação de sentimentos que possuo.

5- Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Teve uma leitora que a experiência com ela me marcou recentemente. Após ler minha obra, ela me enviou uma mensagem, expressando um carinho benigno e uma gratidão que nem eu imaginava ser possível proporcionar. Ela ressaltou que as reflexões advindas do livro eram tão pertinentes ao momento da vida dela atual, que a leitura e a releitura eram algo corriqueiro nos seus dias.
Isso me deixou muito contente, pois identifiquei uma similaridade enorme comigo mesmo.

6- Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Tanto para os poemas, músicas, versos, os livros…
Meu processo de escrita não envolve uma rotina específica. Na verdade, o modo que eu funciono é guiado pelo que sinto. Assim que o sentimento surge e as ideias aparecem na minha mente, meu processo de criação começa, seja colocando minhas ideias no meu notebook ou nos inúmeros cadernos que me cercam (estrategicamente para ocasiões assim). Posteriormente só preciso organizar tudo.

7- Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Espero que aqueles que tenham contato com meu livro possam olhar para os pontos mais profundos que possuem, ao ponto de aprender a identificar em seus próprios contextos aquilo que de fato carregam, pensam e são.

8- Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Creio que essa seja a pergunta mais complexa… Tendo em vista essa condição de saúde mental (que segue em tratamento) na verdade não consigo ter uma resposta concisa sobre futuro. Mas espero que meus passos estejam de acordo com minha essência sempre. 
Finalizei meu segundo livro, estando em processo de edição, e já estou em processo da escrita do terceiro livro.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores? 
Que respeitem seus sentimentos, suas histórias e o que são em sua integridade. Tendo em mente que todos nós carregamos uma cruz e que somente nós sabemos o peso dela. Que pessoas boas também podem causar mágoa em outras pessoas boas, mas nem por isso temos de transformar elas em antagonistas, para que possamos lidar de um modo “menos sofrido” com determinadas situações. Que a vida é uma lição, mas que não é toda lição que a gente aprende, por isso, a importância em se atentar para os aprendizados que nos cercam. E que encontrar o amor verdadeiro não é fácil, mas ele vale a pena, ele permanece.

Sobre sua(s) obra(s):


Sinopse: Qual será a sensação de não somente entender, mas propriamente compreender os inúmeros temas que envolvem uma, digamos, definição de complexidade elevada? Você pode estar se perguntando brevemente: Mas afinal, o que ele quer dizer com isso? irei tentar explicar de um jeito preciso. De modo resumido, somos uma existência de subjetividade única e alguns de nós (me enquadro nesse nicho) busca por, digamos, uma objetividade na nossa própria subjetividade o que não é uma tarefa fácil. Sei que ainda pode parecer um tanto quanto confuso, mas muito provavelmente ao decorrer, minhas palavras possam fazer um pouco mais de sentido. E o que será apresentado com tudo isso? Bem, um breve contato com a minha subjetividade pode fazer com que você reflita sobre a sua própria subjetividade. A pergunta pertinente é: O QUE VOCÊ FARÁ COM ISSO? - Compre aqui!

Sobre o(a) autor(a):


Ilquer Amaro da Silva, 36 anos
Nasceu em 12/03/1989 na cidade de Caieiras – SP, atualmente reside na cidade de Mairiporã – SP. 
Psicólogo com especialização em neuropsicologia, atuando no ambiente clínico desde 2020. 
Músico, escritor, expressando através disso aquilo que sente diariamente.
Um amante de todas as  formas de arte presentes no nosso globo, assim como na ciência que visa desvendar a origem do universo, denominada como : Astrofísica.
Acredita que acima do que pensamos, nossos sentimentos determinam aquilo que somos.

Beijos!

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