ENTREVISTA COM AUTORES #262 | Autor Moisés Guimarães

by - terça-feira, abril 29, 2025


1 - Qual foi sua inspiração para começar a escrever?
Cresci rodeado por filmes como Senhor dos Anéis, Homem-Aranha e muitos outros. Aos 12 anos, entrei no mundo dos jogos e me apaixonei por cada história que visitava sem sequer sair de casa , eu me sentia um verdadeiro viajante. A sensação de cada escolha e dos momentos vividos pelos personagens me fez amar ainda mais esse universo. Depois disso, comecei a conhecer e ler algumas obras, e, aos poucos, também fiquei curioso em escrever minhas próprias histórias e mostra-las ao mundo. Infelizmente, na época, eu mal tinha um computador decente, e acabei deixando essa ideia de lado — até que, finalmente, consegui começar a escreve-la em janeiro de 2012.

2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Posso afirmar com toda certeza que H.P. Lovecraft e Mary Shelley foram e ainda são minhas maiores influências e inspirações para escrever. Mesmo que meu gênero seja diferente do deles e meu estilo seja um pouco mais simples em quase todos os aspectos, continuo admirando profundamente suas obras. Meu primeiro contato real com Lovecraft foi com o livro Nas Montanhas da Loucura, e confesso que fiquei extremamente animado com cada página lida dessa obra incrível.

Já meu primeiro contato com a obra de Mary Shelley aconteceu através de um amigo, que, em uma noite, me enviou um trecho do livro Frankenstein. Imediatamente me interessei pela história, procurei o livro na internet e o ânimo foi tão grande que acabei lendo a obra inteira em apenas duas semanas, sem conseguir parar.

3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
Não é algo fácil para mim, mas eu tento ao máximo focar em coisas que podem trazer meu animo de volta aos trilhos, umas delas é ouvir música ambiente, isso ajuda a minha mente a florescer e deixar novas ideias surgirem com o tempo. Ler outras obras ou assistir um filme também ajuda muito, se o ânimo for bom já inicio minha escrita no papel e caneta mesmo.

4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
Houveram muitos desafios. Um deles foi o fato de a maioria das pessoas nunca acreditar em mim. Já aconteceu de eu contar a história do meu livro para alguém e essa pessoa dizer que aquilo nunca traria dinheiro ou futuro — felizmente, nunca dei ouvidos a esse tipo de comentário.

Mas o desafio maior foi a insegurança. Houve momentos em que eu mesmo deixei de acreditar no meu próprio potencial, e isso me fez parar de escrever por um bom tempo. Chorei bastante e cheguei a pensar que criar mundos não era algo para mim. Tudo mudou quando consegui terminar meu livro e publica-lo com sucesso. Naquele momento, percebi que era capaz de muito mais.

5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Tive uma experiência em especial que foi bastante divertida. Tudo começou durante a produção da obra Como Rosas Negras. Na época, esse leitor era meu melhor amigo e estava torcendo muito para que um personagem não morresse no próximo capítulo e ficasse com a mocinha.

Prometi que ele não morreria e cumpri a promessa , até que, no final da história, esse personagem acabou causando uma explosão.
Lembro como se fosse ontem: eu estava dormindo quando, às três da manhã, esse leitor me ligou apenas para me xingar de todos os nomes possíveis, revoltado pela morte de seu personagem favorito. Aquela foi, sem dúvida, a noite em que mais ri na vida.

6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Estou, de certa forma, tentando seguir um método sugerido por um amigo meu, que também é autor. Porém, acabo achando difícil manter esse ritmo, justamente porque não consigo me adaptar a ele — então sigo meu próprio processo de escrita.

O meu é bem tranquilo, na verdade. Primeiro, começo, definindo as informações do mundo e o gênero da obra. Em seguida, escolho a cidade ou o local onde a história vai se passar, e procuro detalhar o máximo possível: esquinas, ruas, o design das casas, até mesmo as árvores. Tudo é anotado.

Depois, passo para os personagens principais e figurantes, e registro o máximo de informações sobre cada um deles. Por fim, coloco meus fones de ouvido, começo uma boa música ambiente e deixo meus dedos dançarem sobre o teclado — guiados apenas pela minha imaginação.

7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Sempre escrevi movido pelo desejo de me sentir forte, ou até mesmo alguém importante para algo. É exatamente isso que quero que meus leitores sintam ao ler um livro meu: que encontrem magia em cada página. Quero mostrar que todo problema ou medo pode ser vencido sem que precisemos mudar quem somos.

Quero também transmitir a mensagem de que o passado não define a pessoa que seremos no futuro, nem as escolhas que ainda podemos fazer. Desejo que meus leitores se sintam inspirados a seguir em frente com suas vidas, sem desistirem de seus sonhos ou realizações profissionais, pois a vida nem sempre oferece segundas chances quando falhamos demais.

8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Meus planos no momento são continuar escrevendo minha saga As Trevas de Sammy e também desenvolver algumas obras menos conhecidas.

Atualmente, estou com três projetos em andamento que têm me animado bastante: As Trevas de Sammy Parte Dois, A Garota dos Olhos Azuis e, claro, As 12 Armas de Asura, uma obra totalmente nova, que aborda temas como laços familiares e a importância de conhecermos quem realmente somos.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Aos sonhadores, deixo um aviso que levo comigo para a vida inteira: nunca pare de sonhar. Muitos de nós ouvimos que não somos capazes de realizar algo, ou que não nascemos para determinado caminho — mas isso é uma grande mentira.
A verdade é que nós, seres humanos, somos capazes de alcançar o impossível quando lutamos por aquilo que amamos. Por isso, não desista.

Sobre sua(s) obra(s):


Sinopse: Sammy Greenfield vive em fuga, isolada do mundo e de si mesma, tentando escapar das sombras de um erro que lhe tirou tudo o que amava.

Em busca de uma vida pacífica, longe de seus antigos poderes e do caos que ela mesma causou, Sammy se vê aprisionada pela memória de sua versão mais jovem — aquela cheia de impulsividade, energia e sonhos. Agora, essa parte dela, ainda viva e vibrante, insiste em se reerguer, tentando recuperar o controle de uma vida despedaçada.

Mas o que Sammy não consegue deixar para trás são as cicatrizes invisíveis que carrega, marcas de um passado que insiste em assombrá-la. O medo e a culpa são seus companheiros constantes, sussurrando a cada passo sobre tudo o que ela perdeu.

Em meio a tanta dor e solidão, a grande pergunta persiste: será que Sammy conseguirá se perdoar e encontrar um caminho de volta para a vida que perdeu? Ou será que a culpa a consumirá, tornando-a apenas uma sombra do que um dia foi? - Compre aqui!

Sobre o(a) autor(a):


Moisés Guimarães nasceu em 08 de fevereiro de 1999 e, desde muito jovem, mostrou uma imaginação fértil e um profundo amor por histórias fantásticas. Fã declarado de jogos e animes em geral, ele sempre se encantou com mundos complexos, personagens marcantes e tramas emocionantes — paixões que o inspiraram a criar seus próprios universos.

Foi em 2012, ainda na adolescência, que Moisés deu os primeiros passos como escritor, movido pelo desejo de compartilhar suas ideias e sentimentos por meio da escrita. Anos depois, esse sonho se concretizou com a publicação de seu livro "As Trevas de Sammy", uma obra que une fantasia, emoção e reflexões profundas sobre identidade e superação.

Hoje, Moisés segue sua jornada como autor, criando histórias que tocam o coração dos leitores e incentivam outros sonhadores a nunca desistirem de suas paixões.

Beijos!

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