Título: A Máscara da Peste

Autor(a): Márcio Pacheco

Editora: Lura Editorial

Páginas: 416

Gênero: Ficção Científica Pós- Apocalíptica

Ano: 2021

Quando terminei “O Senhor do Tempo”, achei que já tinha experimentado o ápice das reviravoltas e das emoções que o Márcio consegue imprimir em sua narrativa. Estava enganada. “A Máscara da Peste” é a perfeita continuação de “As Crônicas do Apocalipse”, elevando o que já era grandioso a um nível ainda mais visceral e impactante.

Neste volume, o mundo pós-apocalíptico de 2153 está ainda mais caótico, sombrio e fascinante. O que me pegou de jeito foi a evolução dos personagens que tanto amei no primeiro livro. O apocalipse está em seu auge, e os personagens que já conhecemos enfrentam dilemas ainda mais profundos. Meredith, em busca de vingança, passa por uma revelação que muda tudo, enquanto Mordecai precisa fazer escolhas difíceis, testando sua esperança.

As cenas de ação, marca registrada do Márcio, estão ainda mais eletrizantes. O confronto com o Cavaleiro da Peste foi tão intenso que precisei parar de ler em alguns momentos para respirar. E os infectados? Eles são descritos com tantos detalhes que é impossível não sentir um arrepio a cada aparição. O mundo criado por Márcio se expande de forma assustadoramente realista, e a descrição dos cenários devastados é de uma brutalidade poética. Você sente o cheiro da destruição, ouve os gritos do desespero e quase consegue tocar a ruína que cerca os personagens.

O final... Ah, o final! Quando achei que já estava emocionalmente preparada, o Márcio veio e desferiu mais um golpe daqueles. Não vou entrar em detalhes, mas posso garantir que terminei o livro atônita, segurando o fôlego e com a necessidade urgente de continuar acompanhando essa história.

“A Máscara da Peste” não é apenas uma sequência, mas um verdadeiro aprofundamento no que significa sobreviver, resistir e, acima de tudo, fazer escolhas. Se “O Senhor do Tempo” me deixou ansiosa pelo próximo volume, este me deixou desesperada. Márcio, já quero o terceiro, e rápido!

Beijos!