ENTREVISTA COM AUTORES #108 | Autora Caroline Salignac
Desde os oito anos eu comecei a escrever contos. Escrevia histórias curtas com aspectos de fantasia, com seres mágicos, universos distintos, viagens fantásticas e etc. Mas decidi que eu “era” escritora apenas no ensino médio, quando percebi que a única forma de me livrar das histórias que surgiam na minha cabeça era escrever. Mas só me empenhei a escrever um romance mesmo quando já estava na faculdade.
2 - Tem algum personagem favorito? Em modo geral ou do seu livro? Se sim, por quê? O que ele significa para você?
Sou péssima nessa questão de eleger coisas favoritas, eu não consigo escolher só um. Gosto de muitos personagens, assim como também gosto de muitos livros. Adoro os livros de Jane Austen, das irmãs Brontë, de Júlia Lopes de Almeida, de Lorraine Heath, mas não consigo escolher o favorito nem o personagem favorito.
Do meu livro, eu gosto de todos os personagens, até porque criei todos (risos). Tenho um carinho muito grande pela personagem de Cecília Caldas, sei que a maioria dos leitores a detesta, mas gosto dela. Não sei o motivo, mas gosto. Talvez porque ela foi a pedra base para constituir toda a história de “Arrufos”.
3 - Como foi para você, entrar no mundo literário?
Como eu disse antes, desde criança eu escrevia, mas não tinha tanto empenho na leitura. Minha avó era pedagoga de uma escola e sempre trazia alguns livros para casa a fim de desenvolver nas netas o gosto pela leitura, então aos poucos fui gostando de ler, mas só virei uma leitora ávida aos meus quinze anos. Eu lia e escrevia muito. Então decidi investir nesse campo, fiz faculdade de letras e agora estou no mestrado.
4 - Você faz muitas pesquisas antes de escrever uma história?
Sim. Eu, como escritora de romance de época, acredito que precisa ter um cuidado muito grande com as pesquisas. Não me refiro a uma pesquisa rápida em algum site de busca, mas ler artigos acadêmicos e livros de história principalmente. Passei mais de um ano só com levantamento bibliográfico para ambientar a minha história. Todo escritor, independente do gênero que escreva, deve se dedicar a pesquisa para não cometer erros.
5 - Existem muitas cobranças por parte de seus leitores?
Por enquanto, um e outro aparecem para “me lembrar” do segundo livro, mas não tem muita cobrança ainda.
6 - Fale um pouco sobre sua forma de criação... Possui alguma mania na hora de escrever?
Meu processo criativo é bem parecido com o de outros autores: Eu escrevo um rascunho da história num caderno ou agenda, e escrevo trechos aleatórios em outro caderninho de anotações, depois eu só vou unindo tudo quando passo para o word. Nesse caderninho, eu também escrevo frases, palavras rebuscadas, nomes e tudo que tem a ver com a história que escrevo no momento. Acho que a única mania que tenho é escrever ouvindo música. Eu me concentro mais rápido com uma boa trilha sonora. Geralmente crio uma playlist para entrar no clima da história que estou escrevendo.
7 - Quais são seus projetos para um futuro próximo?
Atualmente escrevo a continuação de Arrufos, mas como demoro muito a escrever, não vou definir uma data, nem posso falar muito sobre a história, porque está na fase crua do manuscrito.
Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Agradeço pela oportunidade da entrevista, e espero que os leitores de Lost Words sintam interesse em conferir a leitura de “Arrufos – desavenças de amor” e curtam a experiência de leitura. Quem quiser também falar comigo, é só me chamar no instagram (@carolignac), respondo todo mundo na medida do possível.
Enfim, foi um prazer conversar com vocês.
Sobre sua obra:
Sinopse: Rio de Janeiro, 1870
Os jovens aristocratas, Cecília Caldas e Jorge Candido, tinham o hábito de apostar, sem se importarem em manipular a vida alheia. Uma nova aposta se formou quando as habilidades de casamenteira de Cecília foram questionadas. Ela acreditava ser capaz de fazer Maurício Santiago, o mais carrancudo do grupo de amigos, se casar antes do final do ano, enquanto Jorge acreditava ser impossível.
Após firmarem a aposta, Jorge organizou um baile às avessas, fora de temporada, convidando as famílias mais desfavorecidas e indelicadas da Corte, a fim de fazer com que o amigo evitasse os convites futuros de Cecília. No meio das convidadas, solteironas e feias, apareceu a irreverente Amélia Monteiro, uma jovem de convicções fortes e absurdas para a época, que não estava interessada em se casar.
Após o baile, Cecília teve a convicção de que havia achado na solteirona a pretendente ideal para desposar o amigo. Ela só não poderia prever uma coisa: Amélia e Maurício simplesmente não conseguiam se entender e viviam em pé de guerra. Compre aqui!
Sobre a autora:
Nasceu em 1993 na cidade de Manaus, desde pequena escrevia ficções cobertas de fantasia, mas só durante a graduação em Letras que descobriu sua paixão por coisas antigas e narrativas ambientadas no século XIX. Atualmente, faz mestrado em Letras e Artes, continua apaixonada por antiguidades, e escrever contos e romances ambientados no Brasil Imperial.
Instagram da autora | Compre sua obra AQUI
Conheciam a autora? Me conta!
Beijos!
1 comentários
Oi, Aline. Como vai? Que entrevista bacana. Sucesso à aurora. Adorei! Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/