ENTREVISTA COM AUTORES #71 | Autor Eduardo Casamasso

by - sexta-feira, janeiro 31, 2020


1 - Como você percebeu que queria ser escritor(a)?
Sou apaixonado por livros e, sendo um hiperativo padrão, eles sempre me ajudaram a encontrar foco. Em algum momento passei a fazer notas para ordenar meus pensamentos e emoções. De alguma forma, eles pareciam fazer mais sentido quando eram escritos. Isso virou uma hábito constante. Eu escrevia em cadernos, blocos de notas e guardanapos e, o que eram só uns pensamentos aleatórios, foram tomando forma de poesia, de textos mais longos e, assim, nasceram as primeiras histórias. Naquelas páginas, pela primeira vez, eu sentia que conseguia me expressar e me conectar com mundo ao meu redor de maneira clara e autêntica.

2 - Tem algum personagem favorito? Em modo geral ou do seu(s) livro(s)/conto(s)? Se sim, por quê? O que ele significa para você?
Todos os meus personagens tem um pouquinho de mim. Nos textos poéticos eu sou o personagem, pois, ainda que nem todos os textos sejam inspirados em mim, eles correspondem à forma como eu vejo o mundo. Eu não defendo uma verdade naqueles textos, é só o meu jeito limitado de ir compreendendo o mundo. Já nos textos ficcionais eu tenho um favorito, mas eles ainda demora uns poucos meses para ser publicado.

3 - Como está sendo para você entrar no mundo literário?
É um sonho ver os meus textos ganhando vida própria, mas é um mundo imenso que exige muita dedicação e resiliência de quem escreve. Cada novo leitor é uma conquista e um presente, pois pouca gente tem a disposição e a coragem para iniciar a leitura do texto de um desconhecido, por isso sou muito grato por cada leitor, cada repost de uma poesia ou comentário sobre cada texto. É um trabalho gradual, lento e árduo, mas gratificante.

4 - Você faz muitas pesquisas antes de escrever uma história?
Eu sou muito curioso e amo pesquisar cada detalhes das histórias. Gosto de saber bem o clima e as paisagens da região aonde se passa a história, as comidas típicas e os traços culturais. Esse processo começa bem antes da escrita e não para até a finalização dos textos. Gosto de ter todo o universo de cada texto formado na minha cabeça para dar mais veracidade às histórias.

5 - Existem muitas cobranças por parte de seus leitores?
Meus leitores são maravilhosos. Tudo o que eles me oferecem são as perspectivas próprias e isso só me permite aprender, amadurecer e melhorar. Só posso ser grato por cada contato.

6 - Fale um pouco sobre sua forma de criação... Possui alguma mania na hora de escrever?
Eu tenho o hábito de me dedicar a vários projetos simultaneamente, por isso, mesmo produzindo muito, meus textos demoram um pouco mais para serem finalizados.
Como ritual para escrever eu sempre faço uma playlist própria para cada texto, correspondendo ao clima da obra. Eu não escrevo nada sem a música apropriada.

7 - Quais são seus projetos para um futuro próximo?

Eu estou terminando mais dois contos realistas do arco sobre violências extremas e graves, que são, infelizmente, tão comuns no Brasil. Tenho outro conto de suspense, já na fase de ajustes. Sigo, paralelamente, escrevendo três livros, além dos textos poéticos, que eu publico diariamente no Instagram e que podem viram um livro até o final do ano.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?

Gostaria, antes de tudo, de agradecer aos leitores do blog, pois muitos deles, por sua indicação, são hoje meus leitores. O carinho, o apoio e a presença constante, interagindo em casa postagem, é um dos maiores motivos para continuar escrevendo. Continuem acreditando, apoiando, lendo, comentando e divulgando os escritores, blogueiros, perfis literários, saraus, feiras e bibliotecas nacionais. Apesar de todos as limitações e dificuldades, a literatura nacional é rica, variada e cheia de ótimos conteúdos e isso tudo só existe por conta dos leitores. São vocês, leitores, que fazem essa história toda ter sentido. Obrigado.

Sobre o Autor:


Eduardo Casamasso, que gosta de dizer que é o caos em forma de gente, faz poesia desde menino para tentar se entender e escreve histórias porque elas tem o hábito de nascer na sua cabeça, mas não tem vontade nenhuma de ficar por lá. Hoje ele divide sua escrita entre os textos e poesias publicados diariamente no Instagram, as obras ficcionais e a arte de criar um menininho, que é para quem todos os textos são escritos realmente. Tem atualmente três contos publicados, sendo dois em antologias (uma delas a do Lost Words) e um outro lançado de maneira independente na Amazon.

Sobre sua obra mais recente:


Sinopse: O quanto um amor pode custar? Até quando a dor é aceitável para estar do lado de quem se ama? Nesse conto a face mais feia que um relacionamento pode tomar aparece sem as maquiagens da idealização romântica.


Beijos!

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4 comentários

  1. Falar o que depois disso tudo?? Eu amo letras. Amo todas. Poesia. Pra mim, a vida é uma longa poesia.
    Aprendi a olhar pra esse menino bonito por sua culpa e agradeço todos os dias.
    Ele escreve verdades. De verdade. Por isso, todos os dias, o leio e sempre sigo seus rastros.
    Nossa literatura é rica demais, só precisa de pessoas como você, que enxergam isso!!!!!
    Beijo e adorei saber um pouco sobre o autor!!!!

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  2. Muito legal conhecer um pouco mais sobre do Dudu. O Lost me levou até ele e desde então eu dou uma passadinha todo dia lá no Instagram dele pra ver os textos, sempre lindos e questionadores. Tô ansiosa pelos livros.♥️

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  3. Muito legal conhecer um pouco mais sobre do Dudu. O Lost me levou até ele e desde então eu dou uma passadinha todo dia pra ver os textos, sempre lindos e questionadores. Tô ansiosa pelos livros.♥️

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  4. Muito legal conhecer um pouco mais sobre do Dudu. O Lost me levou até ele e desde então eu dou uma passadinha todo dia pra ver os textos, sempre lindos e questionadores. Tô ansiosa pelos livros.♥️

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