ENTREVISTA COM AUTORES #191 | Autor Bruno Barbosa
Eu sempre gostei de ler, mas acho que o que me incentivou a escrever foi mesmo a minha profissão: sou jornalista, e muitas vezes encontro histórias que consigo imaginar no papel. Depois que comecei a ler literatura LGBTQIAPN+, foi aí que senti que encontrei o meu nicho... e o resto é história.
2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Não sei se posso colocar obras, mas eu sei que tem alguns autores que me influenciam bastante, como Ana C. Alves, K.S. Dandolini, Tessa Reis, André Leonardo, Cris Soares, Bia Pruden, Paulo Cilas e Fran Buarque. Na verdade, a lista de nomes é muito maior, mas esses são os mais fortes.
3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
Bloqueio criativo não é fácil, mas gosto de usar soluções mais simples para relaxar a cabeça, como jogar, ler outros livros, assistir a um filme, conversar, ou até mesmo passear. Geralmente, depois que faço isso, sinto que o bloqueio, se não foi embora, pelo menos diminuiu enormemente.
4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
Acho que meu maior desafio foi a Síndrome do Impostor: volta e meia, me pegava pensando que isso não iria dar certo, que ainda estava em tempo de desistir... O apoio da minha esposa, da minha família e des amigues foi fundamental para que isso não acontecesse, saber que elus estavam ao meu lado em momentos difíceis.
5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Teve uma leitora que me disse, no WhatsApp (e depois confirmou no Instagram), que os personagens principais eram dela, que ela iria fazer um trisal com eles, e que não havia nada que eu pudesse fazer para evitar isso. Só ri dessa situação, ao mesmo tempo que me senti orgulhoso por saber que meus meninos já estavam conquistando os corações das pessoas que liam meu livro.
6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Eu gosto de fazer um planejamento da história, não no sentido de fazer um roteiro bem definido: gosto de colocar umas ideias para cada capítulo, com sugestões e possibilidades, me permitindo ser flexível caso a situação exija. Na hora de escrever, gosto de ouvir músicas que penso em colocar na playlist da história e que tenham algo a ver com a cena, e vou seguindo as ideias colocadas no planejamento, mas pensando em ideias que possam enriquecer a cena ou a história; geralmente, escrevo mais à noite, quando tenho a chance de respirar no sossego da minha casa.
É como disse, relaxar a cabeça é importante demais.
7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Espero que meus leitores se divirtam com as histórias, se emocionem e sorriam com meus meninos e meninas de papel! Vamos ser felizes, pois não sabemos o que tem além dessa vida que Deus nos deu!
8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Sim, já tenho um conto sáfico programado para lançar ainda esse semestre, e estou trabalhando em dois romances maiores: um sáfico histórico, com nuances de catolicismo e espiritismo, e um aquileano musical, focado no mundo das big bands de jazz e nas óperas, além de inúmeros projetos que ainda estão em diversas fases de desenvolvimento. Não posso contar mais sobre eles, mas tenho certeza que vocês irão gostar!
Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Que vocês se divirtam com o Saulo e o Marcos, que aproveitem o amor, pois ele é muito precioso, que vivam a vida da melhor maneira possível, e que entendam que comunicação é um dos pilares de qualquer relacionamento, amoroso ou não!
Sobre sua(s) obra(s):
Sobre o(a) autor(a):
Nascido em Recife em 9 de abril de 1986, Bruno Barbosa é o pseudônimo de Rodrigo Barbosa Mesquita Neiva, jornalista, escritor e streamer, adora qualquer coisa que tenha uma boa história no meio: livros, games, filmes, até uma roda de conversa. Birromântico e demissexual, casado e romântico incurável, gosta de histórias onde o amor prevalece, especialmente em uma sociedade que ainda torce o nariz para isso.
Beijos!
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