ENTREVISTA COM AUTORES #257 | Autor Paulinho Dhi Andrade

by - terça-feira, abril 22, 2025


1 - Qual foi sua inspiração para começar a escrever?
Olá... eu só aprendi a ler e escrever aos 9 anos de idade. Tinha dificuldades para assimilar o aprendizado, pois na época eu e minha família, passávamos por muitas dificuldades, chegando ao ponto de não ter nem o que comer, fiquei órfão aos 5 anos, e abaixo de mim havia mais cinco crianças, e minha mãe lutava sozinha para nos criar, então eu ia pra escola mais com a intenção de me alimentar do que estudar. Eu tinha uma amiguinha, a Eliete, um ano mais nova que eu, que me ensinava a ler e escrever, inclusive eu falo dela no meu livro: ”Eu Te Amo, Papai”. Aos 12 anos eu já estava mais familiarizado com a leitura e escrita e comecei a me interessar por livros e histórias em quadrinhos e também a produzir meus primeiros poeminhas que eu oferecia para as meninas na escola. Aos 15 anos, eu fiz um curso de “Pintor Letrista”, e fui presenteado pelo Sr. Sidney, diretor da escola, com o livro “Coração de Onça” - Coleção Vagalume, por ter sido o único aluno a frequentar a biblioteca por quatro meses, todos os dias. A partir daí eu comecei a me interessar mais ainda por livros. A minha vontade de escrever uma obra veio quando eu já era adulto, e na época eu vivia na boemia, e cheguei bêbado em casa, desiludido, e com vontade de escrever alguma coisa para desabafar, então escrevi o meu primeiro livro, “A Tragédia dos Mentirosos”, com quatro contos, 60 páginas, e o interessante é que eu o escrevi em uma única noite, num caderno escolar, pois eu não tinha computador.  Logo de cara foi um sucesso. Dos 300 livros que publiquei vendi 200, doei 50 para as bibliotecas e escolas da Zona Leste de São Paulo, e os outros 50 eu vendi para os “melhores” amigos, que não me pagaram até hoje... 

2 - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita?
Sou fã de muitos autores, mas os que me chamam muito a atenção é Machado de Assis, Agatha Christie, Albert Camür, Cecília Meireles, e tantos outros. Apesar que os contos do meu livro “Quem Matou Dona Izaura?”, foram escritos depois de eu ter lido muito os livros de Agatha Christie, cheguei até a fazer dois cursos de detetive particular para aprender a parte técnica de uma investigação, mas nunca trabalhei na profissão.

3 - Como você lida com o bloqueio criativo?
Esse assunto merece muita atenção, pois já tive um único bloqueio criativo que durou cerca de três anos, em que eu não conseguia ler, escrever e nem mesmo desenhar, algo que gosto muito de fazer. Quando eu já estava desiludido ao ponto de acreditar que nunca mais eu voltaria a escrever, eis que acordo certa manhã com um poema na cabeça, “Páginas Vazias”, que traduz fielmente o estado em que eu me encontrava naquele momento. 
Durante todo o tempo em que estive bloqueado, eu não fazia nada para me recuperar, entreguei-me completamente. Hoje eu não saberia o que fazer, caso acontecesse um bloqueio novamente. 

4 - Quais desafios você enfrentou durante sua jornada como escritor(a)?
Logo que escrevi meu primeiro livro, “A Tragédia dos Mentirosos”, tive muita dificuldade para publicar, pois naquela época, 1999, não tinha tanta opção de Editoras como tem hoje. Tudo era caro e ainda por cima tínhamos que datilografar os textos, e quem não tinha máquina de datilografia, tinha que pagar para alguém fazer o serviço, e não era nada barato, era cobrado por folha, ou lauda. Até que um determinado dia eu encontrei um anúncio de uma Editora pequena, entrei em contato com o editor e conversamos sobre o livro, e ele me cobrou R$600.00 (seiscentos reais) para publicar 300 livros de 60 páginas. Foi aí que eu me vi no mato sem cachorro, pois eu estava sem grana pra nada, pensão alimentícia atrasada e ganhando pouco. Os meus colegas de trabalho sempre faziam festas em suas casas e foi aí que uma das colegas teve uma grande ideia para me ajudar a pagar a Editora, ela, com um saco plástico de lixo nas mãos, no meio da festa, começou a recolher as latinhas de cerveja e refrigerante, quando perguntaram para ela por qual motivo fazia aquilo, ela respondeu que era pra me ajudar a realizar meu sonho de ser escritor, foi aí que todo mundo começou a recolher as latinhas para que eu as vendesse por quilo no famoso “ferro velho”, local onde se faz reciclagem, e foi assim em quase todas as festas que eles faziam. Na época eu já estava separado de minha esposa, e mesmo com a pensão atrasada ela se ofereceu para me ajudar, lembro até hoje as suas palavras ao me oferecer R$200,00: “Toma, vai realizar seu sonho!”.

5 - Você já teve experiências significativas com seus leitores? Alguma história que gostaria de compartilhar?
Sim, tive várias, mas a que eu gostaria de relatar é a experiência que tive num encontro casual com uma leitora que chegou a chorar enquanto elogiava o meu livro “Eu Te Amo, Papai.”. Ela falava sem parar e sabia quase todos os diálogos do livro, e os nomes das personagens, e olha que não são poucos. E eu logo vi que a parte que mais a emocionou foi o capítulo onde o Sorveteiro narra sua triste história.

6 - Como é o seu processo de escrita? Você segue uma rotina específica?
Não, eu não sigo rotina. Escrevo quando me dá vontade ou quanto algo me chama a atenção. Geralmente o que escrevo são memórias misturadas com ficção, e sendo assim fica mais fácil e mais original, evitando até mesmo o risco de ser plagiado, pois em tudo o que escrevo tem algo de minha vida, e isso é muito fácil de comprovar. 

7 - Qual é o impacto que você espera que suas obras tenham nos leitores?
Acredito que seja o que todo autor quer, fazer as pessoas pararem para refletir sobre aquilo que foi escrito e criarem suas próprias opiniões. 

8 - Quais são seus planos para o futuro? Você está trabalhando em algum novo projeto?
Sim, estou trabalhando com alguns projetos literários para doações de livros em escolas públicas da periferia, tanto de São Paulo quanto de outros Estados. Eu participo de alguns Editais, inclusive tenho um projeto que foi aprovado na Lei Rouanet, estou em busca de patrocinadores. E também estou escrevendo mais dois livros.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
E, primeiro lugar, agradeço a oportunidade desta entrevista. Quero deixar um simples recado: “Nunca desistam de seus ideais!”.

Sobre sua(s) obra(s):


Sinopse: Mesmo depois de seu pai ter perdido a fé em Deus e caído no submundo do crime, Thainan faz de tudo para que ele volte a ter a fé que perdera. O que será que ela faz para tentar mudar a forma de seu pai pensar a respeito da vida?
O livro conta a saga de uma menina que desde 1775 vem reencarnando no intuito de cumprir sua missão. Qual seria essa missão? Thainan teria que convencer seu pai a voltar a acreditar em Deus. Será que ela conseguirá?
EU TE AMO, PAPAI, é uma história que fala de amor, perdão e o valor da amizade sincera.
Uma história de amor e superação baseada na vida do autor. - Compre aqui!

Sobre o(a) autor(a):


Por: Ruy de Oliveira

Filho do frentista Ruy Silva Bomfim e da empregada doméstica Eunice Batista Bomfim, ambos baianos, ficou órfão de pai aos 6 anos de idade. Aos sete entrou para uma escola estadual, onde se tornou repetente logo no 1° ano escolar por duas vezes. Após passar para o 2° ano escolar teve o mesmo problema. Na verdade o garoto não prestava muita atenção às aulas, e o motivo parecia ser a fome que o atormentava constantemente. Pois numa casa onde uma família com 6 crianças em que todos passavam fome devido não haver nem mesmo pão velho para comer, ficava difícil para se manter atento a qualquer atividade.

Paulinho e seus irmãos apanhavam muito do padrasto e de alguns parentes que se achavam no direito de repreendê-los com agressões físicas. Aos 11 anos, em 1979, mudou-se para a Zona Leste de São Paulo, especificamente para a cidade de São Miguel Paulista. A princípio odiou tudo aquilo. Pois São Miguel Paulista era praticamente o oposto da cidade de Embu das Artes, sua cidade natal. Aos poucos foi se habituando ao novo bairro.

Aos 15 anos durante um curso de pintor letrista em uma escola profissionalizante do governo, recebeu do diretor um exemplar do livro "Coração de onça" da coleção vaga-lume por ter sido o aluno que mais freqüentou a biblioteca num período de quatro meses. A partir daí Paulinho começou a se interessar mais pela leitura, chegando a produzir seus primeiros poemas. E a leitura lhe foi bastante útil fazendo com que o mesmo se interessasse por muitos outros títulos tais como: ciências ocultas, filosófica, religiosas, psicológicas e artes em geral.

Desde a mais tenra idade já demonstrava aptidão para o desenho artístico tornando se autodidata no ofício passando assim a desenhar retratos de pessoas famosas da época tais como: Menudos e Michael Jackson vendendo seus desenhos para os colegas da escola estadual Pedro Viriato Parigot de Souza onde estudava desde 1980.

Foi aos treze anos que o menino que já dava problemas na escola devido ao seu gênio e mau comportamento, teve seu primeiro contato com entorpecentes. Aos 17 foi parar na FEBEM por duas vezes num espaço de dois meses por ter cometido assaltos a mão armada nas ruas de São Miguel Paulista. Dentro da unidade da FEBEM, teve um tremendo choque ao conhecer dois garotos que após uma curta conversa ergueram suas camisas e mostraram-lhe suas barrigas cheias de bolhas d’água com algumas formigas encolhidas como se fossem fetos em bolsas de placenta. Os policiais que os haviam pegos os deitaram em um formigueiro para fazê-los confessar onde estava a arma que supostamente usaram para cometer um assalto.

Aos dezoito anos após algum tempo usando entorpecentes, resolveu parar de vez e começou a praticar esporte. Durante cinco anos praticou Kung-fu chegando a receber medalha de prata em um campeonato municipal. Durante essa época casou-se com Miriane Carolina de Aragão, tendo com a mesma, três filhos; Camila, Caio e Karina. Seu casamento desde cedo passou a ser conturbado, pois os gênios de ambos não eram compatíveis. Foram quatro separações num período de 15 anos, e uma delas durou cerca de quatro anos. Foi durante essa separação de quatro anos que Paulinho conheceu uma amiga que logo se tornou sua nova namorada tendo com a mesma um relacionamento de dois anos.

Vera Lúcia havia feito uma operação para retirar um tumor da cabeça, e após a cirurgia a mesma passou a ter dores constantes no local da operação, sendo que nem mesmo os médicos conseguiam lhe ajudar a amenizar tal incômodo. Paulinho talvez por ter sofrido muito na vida havia se tornado um tanto cético em relação a milagres, mas como sua namorada e toda sua família possuía crença religiosa, o mesmo resolveu fazer uma promessa por ela. Ele foi caminhando da cidade de São Miguel Paulista até a cidade de N. S. Aparecida do Norte, onde rezou e acendeu velas cumprindo sua palavra para que a enxaqueca que tanto incomodava sua namorada tivesse um fim. A família de Vera Lúcia ficou admirada com tamanha coragem e demonstração de carinho que Paulinho demonstrou à Vera Lúcia, principalmente vindo de alguém que vivia dizendo não ter religião ou qualquer afeto religioso. O interessante em tudo isso é que a dor de cabeça de Vera Lúcia realmente teve fim.

Após sete anos de abstinência, Paulinho voltou a usar drogas constantemente. Atraído pelo submundo do crime, Paulinho quase acabou com a própria vida devido ao uso demasiado de cocaína e álcool. Em 2000 foi internado em uma clínica psiquiátrica por cinco meses, voltando a usar drogas assim que se viu livre novamente. Foi durante essa internação que conheceu o psiquiatra Dr. Roberto, que o presenteou com um livro de Albert Camur, "O estrangeiro" e "A peste". Passou a consumir tanta droga que se endividou com traficantes. Talvez a única maneira que o mesmo encontrou para saldar tais dividendos foi trabalhando para os mesmos.

Após sua quarta "Overdose" e várias internações na ala psiquiátrica do hospital Santa Marcelina no bairro de Itaim Paulista, aceitou ser internado em uma clínica evangélica na cidade de São Vicente litoral paulista. Não suportando o regime da mesma, pois achava ridículo louvar a um Deus que supostamente o havia abandonado, ameaçou cometer suicídio. Acabou sendo excluído do local. Após duas semanas em, 25 de janeiro de 2004, aceitou visitar o Instituto Phoenix, uma clínica de recuperação para dependentes químicos em Bragança Paulista, interior de São Paulo, e acabou ficando por lá mesmo num período de sete meses. Após tal período de tratamento Paulinho deixou de usar drogas. Wagner, o dono da clínica demonstrou não ser apenas um empresário, mas sim um grande amigo de Paulinho, pois o mesmo demonstrou-se grande admirador de seus trabalhos literários.

Inúmeras pessoas fizeram e fazem parte da vida de Paulinho Dhi Andrade, tais como: O jornalista Luís Mário, o artista plástico e escultor Juarez Martins, o ator e diretor de teatro Cristiano Vieira, seu irmão caçula Sidney Bomfim, ator e artesão, cujos bonecos (mamulengos), estão espalhados pelo Brasil a fora. Cida Santos, escritora e socióloga. Sacha Arcanjo, grande organizador de eventos culturais na Zona Leste de São Paulo. Zulú, cantor e compositor, Cauê Bonifácio, grande ator de teatro, professor de história e geografia. Aluizio Alves Filho, grande escritor carioca. A excelente professora de literatura dona Eliana, grande admiradora de seus poemas. O professor de literatura Gilberto e sua esposa Carmelita. O escritor Alessandro Buzo e o crítico literário Jonilsom Montalvão. E modéstia parte, eu, Ruy de Oliveira.

Paulinho Dhi Andrade teve muita influência dos livros adquiridos em sebos. Boa parte de seus poemas refletem um aprendizado anti-religioso, talvez até anticristão. Não pelo fato de não crer em um Deus, mas sim por não aceitar certos critérios religiosos impostos por "pseudos-santos" que se acham iluminados por uma luz divina. Há quem o considere discípulo de NIETZSCHE, outros o consideram louco. Eu particularmente o considero original.

O escritor carioca Aluizio Alves Filho e a escritora Cida Santos o compararam ao dramaturgo Plínio Marcos. Paulinho tem como favoritos os poetas e escritores, Fernando Pessoa, Cecília Meireles, Nietzsche, Schopenhauer, Albert Camur e ele mesmo.

Em 1990 fez um curso por correspondência para aprender a linguagem técnica de desenho artístico e publicitário, curso este que lhe deu maior intimidade com a arte e o propiciou a trabalhar na área de propaganda visual. Em 1992, apaixonado por "Agatha Christie" fez um curso de Detetive Particular, mas nunca exerceu a profissão. Por outro lado, aprendeu algumas técnicas de investigações, principalmente o fator psicológico de um criminoso. Daí em diante, se interessou muito mais por romances policiais e acabou escrevendo dois contos de cunho detetivesco, "Quem matou dona Izaura?" e "A casa de Helena”.

Em 1999, com material suficiente para produzir um livro de contos, Paulinho endividado até o pescoço, teve que contar com a ajuda de amigos para pagar a editora. Seus amigos que trabalhavam no mesmo Hipermercado juntaram "latinhas" para que ele reciclasse e assim conseguisse pagar o editor. Na época ele ainda estava separado de Miriane Carolina, mesmo assim a mesma o ajudou com uma pequena quantia que possibilitou a produção de 300 livros com 60 páginas, intitulada: "A tragédia dos mentirosos". Em 2003, fez um curso de literatura portuguesa e brasileira por correspondência num período de dois anos.

Paulinho Dhi Andrade é muito agradecido à sua ex-esposa Miriane Carolina, a seu irmão Sidney Bomfim e à sua irmã Rosemeire Bomfim por tê-lo ajudado a se livrar das drogas. A ajuda foi tão valida que até mesmo o cigarro ele deixou de lado. Parou de fumar no dia 02 de janeiro de 2005.

Até o dado momento, a vida de Paulinho Dhi Andrade vem sendo abalada pela depressão. O isolamento tornou-se constante em sua vida. O fato de não poder mais beber ou usar outro tipo de alucinógeno o faz ficar em casa, sem poder participar nem mesmo de pequenas festas infantis. O acumulo de perdas e dores emocionais o fizeram ter medo da própria vida. Certa vez eu o encontrei chorando sentado em um banco de uma praça e lhe perguntei qual o motivo das lágrimas. O mesmo me respondeu com outra pergunta: "Se você tivesse duas opções, chorar ou matar alguém, qual delas você escolheria?" Respondi que preferiria matar alguém. Ele então me olhou bem nos olhos e se levantou. Em seguida foi embora me deixando sozinho na praça, era uma quinta-feira e o tempo estava nublado. Essa foi a última vez que o vi, nunca mais nos encontramos. A última notícia que tive dele foi através de uma amiga nossa. Fiquei sabendo que o mesmo estava detido em uma delegacia de policia por ter agredido dois policiais militares após ter discutido com sua ex-esposa Miriane. A mesma havia ficado assustada com a discussão e chamou uma viatura. Segundo a versão de Paulinho, um dos policiais o ofendeu chamando-o de "negrínho safado", isso foi o suficiente para que os policiais militares tomassem prejuízos nas mãos de um homem que não aceita de forma alguma ter sua raça ofendida. Paulinho foi autuado e assinou dois artigos, um por agressão e outro por desacato.

Apesar de não ter uma religião, e não aceitar certos critérios religiosos, Paulinho Dhi Andrade possui um bom coração, pois o mesmo está sempre fazendo algo pelo próximo. Está sempre disposto a ajudar os menos favorecidos. Certa vez eu estava em meu pequeno barraco sem nada para comer, quando ele chegou trazendo às costas uma cesta básica de tamanho médio. Seus sapatos estavam cobertos de lama. Ele despede o garoto que lhe mostrara onde eu morava dando-lhe uma moeda e entra sem cerimônias. Cumprimentamo-nos e começamos um dialogo formal e amistoso. Tomamos café fresco feito por ele, pois se tinha uma coisa que ele não gostava era do meu café. Segundo ele, somente sua filha Camila Carolina sabia fazer café melhor que o seu. Rimos muito disso. Depois ele foi embora de baixo de uma garoa fina deixando sobre a mesa uma quantia suficiente para eu comprar gás de cozinha que já estava acabando e um pequeno bilhete onde estava escrito: "FELIZ ANIVERSÁRIO MEU AMIGO". Era 02 de abril de 2005.

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Ruy de Oliveira, ex-morador da favela Pantanal no Itaim Paulista, foi encontrado morto em seu barraco numa cama feita com tijolos de barro. Foi constatado que o álcool enfraquecera seu coração e arruinara seu fígado. No local foram encontrados muitos livros de suma importância filosófica e poética. O texto biográfico de Paulinho Dhi Andrade foi encontrado dentro de um exemplar de "A tragédia dos mentirosos". Ao lado de sua cama havia uma garrafa de plástico com uma pequena quantidade de bebida alcoólica Morreu alguns dias antes de completar 37 anos de vida, no dia 23 de março de 2006, dia que Paulinho Dhi Andrade aniversariava...

Beijos!

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1 comentários

  1. Muito obrigado pelo convite. Fico imensamente feliz em participar de uma iniciativa tão bonita quanto ao que a Lost Words vem fazendo.
    Beijão e tudo de bom.

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