ENTREVISTA COM AUTORES #122 | Autor Maurício Domingos Alves

by - quarta-feira, outubro 06, 2021


1 - Como você percebeu que queria ser escritor(a)?
Motivos não faltaram, em 1978 meu Pai após adquirir uma Banca de Revista, as oportunidades de ler todos os tipos de estilos literários estavam diariamente ao meu alcance; claro que comecei com as histórias em quadrinhos, jornais e as revistas de Romance (Julia/Sabrina). Já no ensino médio a literatura Brasileira com Capitães de Areia de Jorge Amado foi minha primeira obra a despertar a curiosidade de escrever, Machado de Assis, Cecília Meireles, Olavo Bilac, Vinícius de Moraes, Tom Jobim entre outros me apontavam o caminho; tendo bisavós Italianas e avós Portugueses a Europa era logo ali, numa oportunidade de vida, fui morar em Lisboa em 2001, desperta mais uma vez a vontade de escrever, inspirados em Luís de Camões, Fernando Pessoa, Ana Teresa Pereira (Funchal), Maria Teresa Horta.
Após passar a virada de Ano no Rio de Janeiro de 2015 para 2016, vim numa sensação boa, uma vibração, que não saia da cabeça, no dia 27 de Janeiro de 2016 fiz o rascunho da primeira poesia, “Afeto”, no dia seguinte foram mais quatros e não parei mais durante três anos e meio.

2 - Tem algum personagem favorito? Em modo geral ou do seu(s) livro(s)? Se sim, por quê? O que ele significa para você?
Então embora seja um livro de poesias e citações, no meu Mundo de Fantasias se assim posso dizer, na criação e evolução do mesmo, a mulher Brasileira, casais apaixonados, cotidiano em geral e a minha esposa, são os personagens que eu posso relatar, já que nos últimos anos as poesias eram muitas vezes dedicadas a ela. Embora as metáforas simulem bem essa dinâmica que está presente, as rimas tinham um dispensar automático, como fosse musicas, significando toda a harmonia existente dessa relação particular.

3 - Como foi para você entrar no mundo literário?
Evidente, seria a palavra mais coerente para a circunstância, da tristeza para a alegria, motivação, superação, um turbilhão de emoções, sensibilidade no ar ainda predomina, muito radiante, terminar e ver seu trabalho acabado; a capa é de uma grandiosidade a parte, ao relatar o que somente tu imagina, faz umas fotos, uns rabiscos, começa a ter um formato, logo está ali, acabado nos tons e cores. Conhecemos pessoas maravilhosas, autores, leitores, a tal divulgação na rua, vizinhos, comércios, aparecem as criticas também, o leitor tenta fazer um alerta, dão sempre umas sugestões para uma próxima obra literária.

4 - Você faz muitas pesquisas antes de escrever uma história?
No meu caso a pesquisa é relativamente feita para o enriquecimento da poesia, o “verso” pode estar pronto, mas não tem rima, decidir se fica desse jeito ou não, o cuidado ao escolher certas palavras, em Portugal tem palavras que não usamos no nosso cotidiano, eu ficava me vigiando para não cometer uma situação de discriminação, ofensa, qualquer coisa do tipo, lá pode não magoar ninguém, já no Brasil sim; vice e versa.

5 - Como foi a escolha da Editora e como está sendo essa parceria?
Por anos tinha feito alguns orçamentos para uma impressão de no máximo uns 100 livros, mas após a situação do falecimento da esposa, procurei algum parceiro, isso aconteceu no grupo do facebook, que ambos estamos, procurei o Jonas da editora New Naipe, coloquei toda a idéia do projeto, logo de pronto ele ficou super animado com a situação, nisso os funcionários já estavam motivados com a causa. Fechamos um contrato formal, em maio, agosto o livro já estava pronto, não tinha muito o que revisar, sendo que são poesias.
A parceria está sendo maravilhosa, depois da minha entrada vi que surgiram outros novos autores, já até conheci alguns deles, sinto um ambiente familiar, com a pré-venda em andamento, espero que o nosso objetivo principal de ajudar o próximo se realize com um valor que possa realmente dar esperança pros familiares e pessoas.
Destaco também que o Jonas não se preocupa apenas com a parte financeira, material, livros, sempre que dá um tempinho, liga e conversa comigo, como amigo normal, parceiro interessante, 
não apenas nos negócios.

6 - Existem muitas cobranças por parte de seus leitores?
Ainda é cedo para dizer, não fui muito abordado com cobranças pelas escolhas das palavras, das rimas ou estrofes. A pré-venda ainda está acontecendo, no site do cartase, apenas em relação aonde comprar o livro, quando vou ter em casa, qual livraria eu acho o livro; posso adiantar que mesmo sem conhecer alguns leitores, os elogios, emoções em certas poesias, foram relatadas, algumas pessoas até chegaram a dizer que tem poesia que foi feita pra ela, algumas foram e elas nem sabiam. 

7 - Fale um pouco sobre sua forma de criação... Possui alguma mania na hora de escrever?
Muito legal essa pergunta, ela praticamente complementa a anterior, quando tu tem uma redação pra fazer, tu tem um tema, meus poemas posso dizer que um terço foi desafio do Maurício para o Maurício, pensava numa palavra, logo os versos iam saindo, em outros momentos, eram feito especificamente para casais apaixonados que estavam sentados nas mesas, inspirados apenas pelo momento que eu  presenciava, não podia faltar a própria parceira de vida, como o principal motivo para escrever.
Mania, a principal dessa obra específica, escrever em pedaços de papel, passar pra pequena agenda comprada somente para esse fim, para apenas depois digitar, aumentar ou corrigir; outra mania que vem desde do tempo da escola, quando ia estudar pras provas, ouvia música ao mesmo tempo de ler e escrever, ativando o cérebro nos dois lados.

8 - Quais são seus projetos para um futuro próximo?
Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Umas das principais perguntas dos leitores, vai ter outro livro de poesias, a má noticia é que não, não penso, tão cedo fazer outro, não digo nunca, por encomenda, quem sabe, por uma nova paixão, talvez, já que ficar víuvo não passava pela minha cabeça, tanto que a última poesia foi uma homenagem pra ela após 5 dias após falecer, fortalecendo a idéia de concluir a publicação do livro, com uma diferença, doar toda a renda do livro, curar a dor com amor, dar esperança pras pessoas que estão lutando para viver e seus familiares. Mas a notícia boa, é que depois de “Palavras de um Garçom”, o projeto é escrever “Histórias de um Garçom”, seria como num turno de trabalho com vários tipos de clientes, com seus estilos variados, manias, roupas, sotaques, problemas sociais num ambiente favorável, bebidas, tv, garçom Brasileiro noutro País, desafetos racitas, veteranos de guerra, cultural globalizado, esporte, política e social culturalmente correto, além de ser mais divertido de escrever e ler, com possibilidades para volume 01 e 02.
O recado que deixo é para que realize seus sonhos, nunca desista por alguém ter dito algo, por algum familiar ter criticado seu trabalho, eu mesmo admito que gosto menos de uns poemas, mas deve ser pelo tempo que eu já escrevi, mas alguém vai gostar mais do que eu, nunca irá agradar a todos, incentive a leitura, pelas crianças, a nossa cultura ainda não anda com livros debaixo do braço, na Europa, isso é uma situação normal, rotineira, o principal recado que posso deixar nesse momento que estamos, para quem perdeu, conhece de certeza alguém que perdeu a luta pro covid-19, ou consequência dele, câncer ou outra doença, viva o hoje como fosse o último dia, pois isso foi o que me fez ter força, fiz tudo que estava ao meu alcance, para agradar, realizar desejos, podia sim, dizer mais vezes que amava, deixe o orgulho de lado, as coisas materiais, tente viver num ambiente familiar em vossa casa, estamos aqui de passagem, vamos aproveitar a vida, eu sempre dizia pra ela: 

“Ninguém é feliz, apenas vivemos de momentos de felicidade, quanto mais momentos felizes tivermos, mais felizes seremos”

Obrigado, visite o meu site:


a gente se encontra por ai, numa feira literária ou outro evento qualquer, obrigado pela oportunidade, que Deus ilumine a todos nós...

Sobre sua obra:


Sinopse: Alves iniciou  a primeira poesia ao chegar do Rio de Janeiro. Nas condições de vida, trabalho e cuidar da casa dos pais idosos, em um momento noturno, ao ver um casal apaixonado, tudo virou motivo para escrever. Suas ideias começaram a tomar forma, mas só quando encontrou sua amada esposa que realmente se sentiu verdadeiramente inspirado.

Infelizmente, sua amada, a maior fonte de sua criatividade, acabou falecendo, vítima do COVID 19. Apesar de sua dor pela perda, Alves deu um novo foco ao projeto, suas poesias ganharam mais intensidade. Em uma maneira de homenagear sua esposa e ajudar pessoas, o livro foi finalizado com o intuito de trazer esperança e ajuda a quem precisa, tanto com as palavras, quanto nas vendas que serão revertidas em doações para instituições beneficentes. Compre aqui!

Sobre o autor:


Maurício Domingos Alves é um escritor de poesias e citações, após várias participações em concursos de Poesias e Antologias Literárias, na editora New Naipe ele desenvolveu um projeto pessoal antigo, publicando o livro de Poesias “Palavras de um Garçom”.

Maurício trabalhou no comércio em geral, morou em Portugal durante cinco anos, conhecendo uma pouco mais da literatura Mundial, trabalhou em restaurantes em Lisboa. Já retornando ao Brasil predominou no ramo de fastfood, entre outros, sendo gerente comercial na última empresa; realizando assessoria logística em todos os lugares que passou, sua formação acadêmica de Tecnólogo de Logística realça sua personalidade, focado, aplicado e dedicado.

Alves é um curioso na culinária, com sensibilidade nos puzzles de diversos tamanhos a que venha montar, amante de perfumes, viajar salienta ser o passatempo principal.

Filho e neto de pioneiros, esse pé vermelho, Maurício nasceu em 25 de novembro de 1975 em Londrina no Paraná.



Atenção, projeto beneficiente, todo o valor arrecadado de vendas será doado para hospitais.

Beijos!

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1 comentários

  1. Oi, Aline. Tudo bem? Que entrevista bacana. Adorei poder conhecer o autor e sua obra por aqui. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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