ENTREVISTA COM AUTORES #128 | Autor Glauber Andorinha

by - terça-feira, maio 03, 2022


1 - Como você percebeu que queria ser escritor(a)?
Quando minha professora de literatura elogiou uma história que eu escrevi na sala... Somos amigos até hoje, e sempre serei grato.
Então, comecei a me dedicar mais nas histórias e criar universos em que eu gostaria de viver.

2 - Tem algum personagem favorito? Em modo geral ou do seu(s) livro(s)? Se sim, por quê? O que ele significa para você?
Tem a Bariá, um elemental da água, que mora em uma espécie de olaria, e ela confecciona esses vasos enquanto alguém conta algo que quer ser preservado. Uma memória feliz que não quer esquecer, ou se desfazer de uma triste. Eu gosto desse personagem porque eu me inspirei na minha tia, que infelizmente tem Alzheimer, a Maria do morro, como é conhecida, por viver em uma parte mais alta da cidade. Ainda quero ter a chance de ler pra ela, pelo menos esse trecho, e quantas vezes forem necessárias.

3 - Como foi para você entrar no mundo literário?
Não foi difícil, eu gosto de criar mundo, se não estiver do jeito que eu gosto, crio um novo mundo literário.
Comecei publicando pelo clube de autores, de graça, nunca tive muito dinheiro e ser escritor não é fácil, nem da para fazer isso de forma integral, por enquanto?
Fiz tudo sozinho e aprendi muito!
Aprendi também a dar valor ao trabalho de um bom revisor... Abandonar o ego, deixar outra pessoa invadir seu universo e juntos contar uma história.
Não é rápido e nem barato escrever um livro, mas é o meu sonho. Não vejo outra vida sem poder contar histórias.

4 - Você faz muitas pesquisas antes de escrever uma história?
Muito! Antes e durante. Tem dia que não rende, começo a escrever, vou pesquisar algo e fico horas hehe principalmente por escrever bastante sobre mitologia e usar muito simbolismo. Não tem o que fazer, tem que estudar.
Comecei a prestar atenção nisso, tento evitar, mas eu gosto de ter várias abas abertas sobre assuntos variados... Eu me acho em meu próprio caos.

5 - Existem muitas cobranças por parte de seus leitores?
A única cobrança é a de um amigo, por ele não estar em nenhum livro. Eu crio alguns personagens inspirados em pessoas que eu conheço, pego a essência, algum aspecto forte de personalidade e me baseio nisso... infelizmente para meu amigo, ainda não criei nenhum personagem com as características dele.
Não é simplesmente botar a pessoa, eu juro, já teve amigo que me disse algo que o personagem "dele" falou... E meu amigo não tinha lido o livro ainda! Tenho bastante história bizarra sobre isso.

6 - Fale um pouco sobre sua forma de criação... Possui alguma mania na hora de escrever?
Difícil, eu não sou uma pessoa organizada, não tenho algo fixo que uso sempre. Geralmente crio um diálogo sobre algo que quero falar e vou criando o resto, penso bastante sobre as interações, os motivos, como se forma a sociedade ao redor, tudo isso vai moldando a história gradativamente.
Enquanto estou escrevendo, algo que não pode ter é musica cantada, isso tira minha atenção! sou super distraído. Música só instrumental, Postrock e trilha sonoras de jogos também.

7 - Quais são seus projetos para um futuros próximo?
Vou publicar um livro por ano... Até o final do ano vou ter publicado meu segundo livro, "No limite da obediência", um livro com três contos.
E deve sair junto a tradução para o inglês do "Oliver e a insígnia dourada".
Atualmente estou escrevendo uma peça de teatro, gosto de fazer de tudo, crio stop motion e ainda preciso terminar dois jogos de tabuleiro que estão no papel.

Gostaria de deixar algum recado para os leitores do Lost Words, e para seus futuros leitores?
Não parem de ler, frequentem mais bibliotecas, tenha mais amigos leitores, falem mais sobre livros e não tenha medo de escrever também, todos temos nossas histórias, afinal, somos os personagens principais de uma! Cada dia que passa é uma nova página, não deixe nada em branco, faça o livro de sua vida ter valido a pena. Dê vida ao teu sonho.

Sobre sua obra:


Sinopse: Em um mundo onde existem apenas criaturas fantásticas, Oliver, um leprechaun, descobre que em seu terceiro aniversário ganharia uma insígnia com poderes mágicos, capaz de realizar sonhos e mudar sua vida. Cada povo desse mundo tinha sua própria forma para representar essa insígnia, podendo ser também um emblema, um pingente, ou qualquer outro artefato sagrado. O símbolo servia não apenas para diferenciar as raças, mas também para mostrar seus valores e ambições, sua verdadeira essência. O que o pequenino Oliver não sabia é que guerras já haviam sido travadas pelas insígnias, nem que ele teria que se aventurar por uma terra encantada e recrutar aliados para enfrentar a antiga temida Ordem do Caos – e seu plano de acabar com as diferenças, criando uma raça única e superior: a raça humana. Aventure-se em um mundo não tão diferente do nosso, onde as diferenças nos fortalecem, a amizade nos une e os sonhos... Se tornam realidade. Compre aqui!

Sobre o autor:


Glauber é um amante de contos e fábulas com personagens para alegrar as crianças e os símbolos que atormentam os adultos. Cresceu na praia, mas gostava mesmo de ficar sozinho nas pedras, no mato, na água e nas estrelas. Mesmo na solitude, nunca se sentiu só, pois carregava o peso do mundo todo – mas não como o fardo de Sísifo (que era pai de GLAUCO, quase!). Sua pedra era sua imaginação! Ela era pesada, mas era tudo o que ele tinha, e sua motivação era saber que um dia chegaria até o alto da montanha.

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Beijos!

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1 comentários

  1. Oi, Aline. Tudo bem? Que entrevista bacana. Muito bom vir aqui é reconhecer novos autores. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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